O texto da reforma no Imposto de Renda gera polêmica e já foi criticado por entidades de vários setores da economia. A versão atual do projeto mantém a taxação de 20% sobre a distribuição de lucros e dividendos, mas isenta empresas com lucro anual de até R$ 4,8 milhões de pagar tal tributação.
Por Redação - de São Paulo
O dólar iniciou o pregão desta manhã em uma ligeira estabilidade, mesmo com investidores fugindo do risco enquanto têm dúvidas sobre a recuperação econômica em todo o mundo, mas voltou a subir. Às 13h38 desta terça-feira, a moeda norte-americana avançava 0,16%, negociada a R$ 5,2688. O Ibovespa, por sua vez, ainda acelerava o movimento da véspera e despencava 1,68%, para 117.181 pontos.
As ações da Petrobras recuavam 0,2% em mais um dia de fraqueza do petróleo enquanto investidores se perguntam se a demanda pela commodity vai se recuperar.
Reforma
Na Câmara dos Deputados, a movimentação mais importante do dia é a possível da votação da reforma do Imposto de Renda. O relator da proposta, deputado Celso Sabino (PSDB-PA) não deve apresentar novo parecer.
O texto gera polêmica e já foi criticado por entidades de vários setores da economia. A versão atual do projeto mantém a taxação de 20% sobre a distribuição de lucros e dividendos, mas isenta empresas com lucro anual de até R$ 4,8 milhões de pagar tal tributação.
O relator também deixou a alíquota adicional de 10% do IRPJ para lucros que excedam R$20 mil e reduziu a Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) de 9% para 7,5% em 2022. No caso das pessoas físicas, Sabino manteve o aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda dos atuais R$ 1,9 mil para R$ 2,5 mil.
Varejo
Investidores seguem atentos à tensão política. Atendendo a pedido da ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, o procurador-geral da República, Augusto Aras, abriu investigação preliminar para apurar se o presidente Jair Bolsonaro cometeu crime ao usar uma TV pública para transmitir live atacando o sistema eleitoral brasileiro sem apresentar provas.
Lá fora, as vendas no varejo dos Estados Unidos caíram mais do que o esperado em julho, com a escassez pesando sobre as compras de veículos e outros bens, mas os gastos com serviços devem manter a economia em uma trajetória de forte crescimento no terceiro trimestre.
As vendas no varejo caíram 1,1% no mês passado, informou o Departamento do Comércio nesta terça-feira. Economistas consultados pela agência inglesa de notícias Reuters esperavam uma queda de 0,3%.
O mercado continua de olho na China depois que dados de produção industrial e vendas do varejo no país decepcionaram na segunda-feira. O pregão encerrado nesta terça trouxe mais quedas para as Bolsas asiáticas.