Na véspera, o dólar terminou a sessão em queda, abaixo de R$ 5 pela primeira vez em um ano, pressionado pela percepção de uma política monetária mais dura no Brasil e mais afrouxada nos Estados Unidos. A moeda norte-americana perdeu 1,13% e fechou cotada a R$ 4,964 na compra e a R$ 4,966 na venda.
Por Redação - de São Paulo
O dólar comercial abriu os negócios nesta quarta-feira (23/06) com leve baixa de 0,04%, cotado a R$ 4,962 na compra e a R$ 4,964 na venda, em meio à percepção de uma política monetária mais dura no Brasil e mais tolerante nos Estados Unidos após declarações do Federal Reserve na véspera. Às 15h29, a moeda norte-americana recuava 0,14%, cotada a R$ 4,975 na compra e a R$ 4,977 na venda. O dólar já oscilou, ao longo do dia, entre a mínima de R$ 4,943 e a máxima de R$ 4,979.
Na véspera, o dólar terminou a sessão em queda, abaixo de R$ 5 pela primeira vez em um ano, pressionado pela percepção de uma política monetária mais dura no Brasil e mais afrouxada nos Estados Unidos. A moeda norte-americana perdeu 1,13% e fechou cotada a R$ 4,964 na compra e a R$ 4,966 na venda. O Ibovespa, por sua vez, operava em baixa o pregão desta quarta-feira. Às 15h35, as perdas eram de 0,15%, aos 128.573 pontos.
O Banco Central (BC) realizou, nesta quarta-feira, leilão de swap tradicional para fins de rolagem do vencimento em setembro. A autoridade monetária acolheu propostas das instituições financeiras das 11h30 às 11h40. Foram ofertados até 15 mil contratos com vencimento em 03 de janeiro de 2022 e 02 de maio de 2022.
Criptomoedas
Para Bernardo Schucman, vice-presidente sênior de operações de Data Center na CleanSpark, o cenário pode dar uma impressão de fragilidade, mas esse hashrate está sendo migrado para países e futuramente voltará para a China, mas dividido em outros polos governamentais.
“No último ano o hash power era 60% chinês, hoje esse cenário vai mudar drasticamente chegando a apenas 30% em poder dos chineses, histórico para o ecossistema das criptomoedas e da mineração. Isso vai impulsionar a adoção institucional nos Estados Unidos, por conta do blockchain implementado em solo (norte-)americano”, escreveu.
Na Europa, as ações operam majoritariamente em baixa, com as preocupações inflacionárias ofuscando dados que mostram um salto na atividade empresarial em junho. Hoje foi divulgada a primeira leitura da atividade de junho nos setores de serviços e manufatura na Zona do Euro: o índice IHS Markit, que engloba serviços e manufatura, ficou em 59,2, sua leitura mais alta desde 2006 e acima de 57,1 em maio.
Estímulos
O índice Stoxx 600 cai 0,40%; o índice DAX recua 0,69% na Alemanha; o CAC 40 desvaloriza 0,68% na França; na Itália, o FTSE MIB é negociado em baixa de 0,71%; enquanto no Reino Unido, o FTSE 100 vai na contramão e avança 0,27%.
As Bolsas asiáticas, por sua vez, fecharam o dia mistas. O Hang Seng, de Hong Kong, cresceu a 1,79%; o BSE Sensex, de Mumbai, fechou em baixa de 0,54%; na China, o índice Shanghai, subiu 0,25%. Enquanto isso, no Japão, o índice Nikkei recuou 0,03%, após o BoJ (Banco Central do Japão) divulgar as minutas da reunião de política monetária de abril, na qual os membros concordaram que as medidas de estímulos podem resultar em um ritmo de recuperação mais rápido no país
Na China, o departamento de preços da NDRC (Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, na sigla em inglês) e a agência reguladora do mercado no país enviaram equipes a diversas províncias e cidades chinesas para investigar os preços e ofertas de commodities a granel. Em mais um esforço para conter os altos preços das commodities, do carvão ao cobre, que pressionaram as margens de preço dos produtores no país.