Rio de Janeiro, 13 de Fevereiro de 2025

Dólar inicia o mês em queda e aceita melhor risco exterior

Arquivado em:
Quinta, 01 de Novembro de 2018 às 10:58, por: CdB

“Equipe econômica e projetos do governo Bolsonaro continuam sendo o foco do mercado nesse período de transição”, destacou a Elite Corretora em relatório.

 
Por Redação - de São Paulo
  O dólar iniciou novembro em queda ante o real, em dia de maior busca pelo risco no mercado internacional e com os investidores ainda animados com os primeiros passos do novo governo eleito.
dolar.jpg
O preço do dólar, frente ao real, tem sido regulado pela tensão pós-eleitoral
Às 10h45, o dólar recuava 0,81%, a R$ 3,6926 na venda, depois de terminar outubro com a maior queda porcentual desde junho de 2016, de 7,79%. Na mínima, a moeda foi a R$ 3,6882 e, na máxima, a R$ 3,7088. O dólar futuro tinha baixa de 0,80%. “Equipe econômica e projetos do governo Bolsonaro continuam sendo o foco do mercado nesse período de transição”, destacou a Elite Corretora em relatório.

Pós-vitória

Nesta quinta-feira, o destaque é o encontro entre o juiz federal Sérgio Moro e o presidente eleito Jair Bolsonaro, com a possibilidade de o primeiro aceitar o convite para ser o novo ministro da Justiça. Fonte com conhecimento do assunto disse que o magistrado já informou à Justiça Federal do Paraná que pretende aceitar o cargo. “Caso se concretize, Bolsonaro ganha pontos muito positivos com a população, que tem em Moro um exemplo probo e tê-lo no governo seria uma garantia de que a ordem seria mantida e a corrupção combatida”, escreveu a gestora Infinity. Isso pode ser um ponto “a elevar ainda mais a confiança pós-vitória, com consequência nos indicadores econômicos de fim de ano”. O otimismo com o cenário político doméstico encontrava nesta quinta-feira respaldo num movimento de maior busca pelo risco no exterior, levando o dólar cair ante a cesta de moedas e também ante as divisas de países emergentes, como os pesos chileno e mexicano.

Mesa de dólar

Expectativas de que a China aumente seu estímulo fiscal ajudava as divisas emergentes, enquanto o euro era favorecido pela esperança de acordo sobre a saída do Reino Unido da União Europeia, o Brexit. O feriado de Finados na sexta-feira, com divulgação do relatório do mercado de trabalho nos Estados Unidos, que pode reforçar a percepção de mais alta de juros no país, entretanto, pode trazer alguma cautela ao mercado local ao longo da sessão, comentaram alguns profissionais das mesas de dólar. O Banco Central realiza nesta sessão leilão de até 13,6 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares para rolagem do vencimento de dezembro, no total de US$ 12,217 bilhões. Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

Máxima histórica

O Ibovespa firmou-se em alta nesta quinta-feira, renovando recorde intradia no começo da tarde, após uma manhã volátil, véspera de feriado nacional e com rico noticiário corporativo, incluindo o balanço do Bradesco, enquanto agentes financeiros seguem monitorando novidades sobre a equipe e os planos do presidente eleito Jair Bolsonaro. Às 12h34, o índice de referência do mercado acionário brasileiro Ibovespa subia 1,42%, a 88.668 pontos. Na máxima da sessão até o momento, o índice subiu para 88.813,4 pontos — nova máxima histórica intradia. Na mínima desta sessão, mais cedo, recuou 0,38%. O volume financeiro somava R$ 7,2 bilhões. De acordo com análise técnica do Itaú BBA divulgada mais cedo, o Ibovespa segue em tendência de alta e poderia ganhar “novo impulso em direção a 91.700 e 95.300 pontos” se conseguisse superar os 88.400 pontos.

Expectativas

Wall Street endossava os ganhos no pregão paulista, com os principais índices acionários no azul, apoiados em resultados trimestrais robustos e após forte queda em outubro. Estrategistas aguardam continuidade da volatilidade no mercado brasileiro em novembro, mas veem espaço para a manutenção do viés ascendente na bolsa, em meio a expectativas de uma agenda econômica positiva para o país a ser implementada pelo presidente eleito Jair Bolsonaro, de acordo com recomendações para o mês compiladas pela agência inglesa de notícias Reuters.
Edições digital e impressa
 
 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo