Próspero Gaínza Agüero, um dos 75 dissidentes presos no ano passado em Cuba e condenado a 25 anos de prisão, costurou a própria a boca em protesto pelas condições de seu cárcere. A informação foi divulgada hoje pelo grupo de exilados Diretório Democrático Cubano (DDC).
Marilú del Toro, porta-voz do DDC, disse à agência de notícias EFE que Gaínza decidiu costurar a própria a boca depois que as autoridades carcerárias não permitiram que sua esposa lhe entregasse os alimentos que necessita para sobreviver durante três meses.
De acordo com o DDC, María Esther Blanco Aguirre, a esposa de Gaínza, ao lado de outras quatro pessoas, realizou um protesto em frente à prisão de Boniato, em Santiago de Cuba, onde o réu cumpre sua pena, para exigir que seu marido possa receber comida.
"Esperamos que mais pessoas se unam ao protesto e ficaremos aqui até que me permitam entregar os alimentos a ele", disse Blanco ao DDC, por telefone.
Gaínza tinha começado, em março deste ano, um jejum em protesto pela má alimentação que recebem os presos, e especialmente os políticos na prisão de Boniato.
O Diretório Democrático Cubano denunciou várias vezes a situação dos chamados presos políticos em Cuba e pediu a governos e organizações internacionais que intercedam em favor dos dissidentes cubanos.