Rio de Janeiro, 15 de Março de 2025

Dezenas de países alertam contra sanções de Trump ao TPI

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Sexta, 07 de Fevereiro de 2025 às 15:05, por: CdB

Em uma declaração conjunta, 79 países-membros da ONU, que representam cerca de dois terços dos membros do TPI, alertam ainda que a medida pode ameaçar corroer o estado de direito internacional.

Por Redação, com ANSA – de Bruxelas

Dezenas de países, com exceção da Itália, alertaram nesta sexta-feira que as sanções anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra o Tribunal Penal Internacional (TPI) podem aumentar o risco de impunidade para os crimes mais graves.

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Trump aplicou sanções contra TPI

Em uma declaração conjunta, 79 países-membros da Organização das Nações Unidas (ONU), que representam cerca de dois terços dos membros do TPI, alertam ainda que a medida pode ameaçar corroer o estado de direito internacional.

“As sanções prejudicariam gravemente todas as situações atualmente sob investigação, pois o Tribunal pode ter que fechar seus escritórios de campo”, afirmaram.

Entre os signatários do documento estão Brasil, França, Alemanha, Espanha, Reino Unido, Bélgica, Bolívia, Canadá, Chile, Colômbia, Dinamarca, Finlândia, Gabão, Grécia, África do Sul, entre outros.

A Itália, porém, se absteve e não assinou o comunicado que critica a decisão de Trump, que já expressou sua admiração pela primeira-ministra Giorgia Meloni em várias oportunidades.

Tribunal

No texto, os governos alertaram que, “atualmente, o Tribunal está enfrentando desafios sem precedentes”, porque “medidas que sancionam o Tribunal, seus funcionários e equipe e aqueles que cooperam com ele foram adotadas em resposta ao fato de o Tribunal cumprir seu mandato de acordo com o Estatuto de Roma”.

“Essas medidas aumentam o risco de impunidade para os crimes mais graves e ameaçam corroer o estado de direito internacional, que é fundamental para promover a ordem e a segurança globais”, disseram.

Por fim, destacaram que “as sanções podem colocar em risco a confidencialidade de informações sensíveis e a segurança dos envolvidos, incluindo vítimas, testemunhas e funcionários do Tribunal, muitos dos quais são nossos cidadãos”.

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