O momento final chegou. Amanhã milhões de norte-americanos irão às urnas para decidir quem será o próximo presidente dos Estados Unidos da América.Essa é a eleição mais importante desde 1968.
Ela é a mais importante para os próprios cidadãos do país, mas também é a mais importante para o resto do mundo.
Os EUA não estão em uma boa fase. Seus problemas domésticos são enormes. A população enfrenta uma taxa de desemprego alta. O atual presidente, George W. Bush será o único, em 30 anos, a deixar o cargo com mais gente desempregada do que quando chegou à Casa Branca.
Na questão da saúde, há 40 milhões de pessoas vivendo sem nenhuma assistência médica. Os remédios são caros demais e o atual presidente faz de tudo para minguar as chances de abertura para importação dos remédios do Canadá.
Na área da educação, temos ¼ dos prédios das atuais escolas públicas de ensino médio sem condição de funcionamento. Não passa nos filmes de Hollywood, mas crianças têm que assistir aulas dentro de lanchonetes e dentro de balcões.
O país ainda está em guerra no Iraque. Essa é uma questão de política externa, mas que pode ser considerado um problema doméstico também, visto que afetou toda a estrutura das Forças Armadas americanas.
Hoje em dia, se os Estados Unidos precisassem realmente entrar em guerra com algum país, não teriam a menor condição, a menos que esse país fosse a Colômbia. Além de terem sido exvaídos os recursos bélicos para isso, o país dificilmente conseguiria apoio internacional.
A imagem do "american way life - freedom for all" está quase arruinada perante o resto do mundo. O país se tornou o inimigo número um da nação muçulmana. E se a intenção é fugir ou combater o terrorismo, estão indo na direção errada. Nem todos os muçulmanos são terroristas, mas praticamente todos os terroristas de hoje em dia, são muçulmanos.
O apoio incondicional dado a Israel é o centro do problema que começou por destruir as Torres Gêmeas no atentado de 11 de setembro. O cheque em branco que George W. Bush deu a Ariel Sharon tem que ser pêgo de volta. A questão Israel-palestinos têm que ser resolvida.
Amanhã os norte-americanos poderão resolver todas essas questões com o voto. O problema é ele ser consciente.
As pesquisas indicam praticamente um empate entre Bush e John Kerry. A grande dificuldade é lidar com um sistema eleitoral em que nem sempre quem tem mais votos ganha. Como foi o caso da eleição passada.