O único dos quatro grandes jornalões impressos, o Estadinho, reportou a paralisação no pé de uma matéria sobre as 485 demissões na Caoa Cherry, no dia 19. E só.
Por João Guilherme Vargas Netto - de São Paulo
A mídia grande nacional, principalmente em suas versões impressas, deve tomar juízo e produzir mais aquilo deveria ser sua excelência, a informação pertinente do fato relevante.Força Sindical
O comando brasileiro da multinacional chegou a informar à direção francesa sobre a pretensa intransigência do sindicato, o que foi desmentido com uma articulação da IndustriaAll (organização internacional dos industriários) e do presidente da Força Sindical. A maior demonstração da permanente busca de negociação pelo sindicato é a Carta Aberta dos Trabalhadores, de 7 de maio, um dia após o início da paralisação em que se listavam as reinvindicações e denúncias de violação do acordo de 2020 pela empresa. Com a vitória os 5 mil trabalhadores confirmaram a participação nos lucros da empresa, data-base e vale-mercado, bem como estancaram a sangria das demissões. Walter Barelli dizia, de forma jocosa, que greve não dá duas safras. Os metalúrgicos da Renault e o sindicato da Grande Curitiba quebraram essa escrita, protagonistas que foram de duas grandes greves vitoriosas, a primeira em 2020 contra as 747 demissões (21 dias) e a de agora (16 dias), desconhecida incompetentemente pela mídia grande.João Guilherme Vargas Netto, é consultor sindical de diversas entidades de trabalhadores em São Paulo.
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