Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Deputado João Paulo teria sido beneficiado com 200 mil

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Segunda, 31 de Outubro de 2005 às 11:13, por: CdB

Em nova lista entregue por Marcos Valério à CPI dos Correios, o deputado João Paulo Cunha (PT-SP) reaparece como beneficiário de R$ 200 mil, e não mais dos R$ 50 mil que alega ter recebido. A edição da semana da revista IstoÉ que começou a circular nesta sexta-feira, traz matéria de Vasconcelos Quadros sobre a lista mantida pelo empresário Marcos Valério, acusado de operar o mensalão, com nomes e valores pagos aos parlamentares que recebiam do esquema.

O conflito na informação pode tornar ainda mais delicada a situação do ex-presidente da Câmara, alvo de representação no Conselho de Ética por envolvimento no escândalo do mensalão. O relator do processo, deputado Cezar Schirmer (PMDB-RS), é conhecido como ferrenho adversário do PT no Rio Grande do Sul e integra o bloco do PMDB que prega oposição ao governo Lula.

Assim que surgiram as primeiras denúncias envolvendo o seu nome, o empresário mineiro disse ter repassado R$ 200 mil ao petista. Contestado pelo parlamentar, Marcos Valério corrigiu o valor para R$ 50 mil. Segundo João Paulo, o dinheiro teria sido sacado por sua mulher, a jornalista Márcia Milanésio, e teria sido usado para cobrir gastos de campanha no município paulista de Osasco.

A matéria também destaca o principal assunto levantado durante a acareação ocorrida nesta quinta, na CPI do Mensalão, com vários envolvidos no esquema de caixa dois. Durante a reunião, chamou a atenção dos parlamentares o fato de um lado falar que pagou uma quantia e outro acusar recebimento de valor menor.

"Nas contas da CPI do Mensalão deve passar de R$ 12 milhões o volume desaparecido. O caso mais complicado envolve o ex-deputado Valdemar da Costa Neto, presidente do PL, que garante não ter recebido R$ 4,3 milhões "contabilizados" pelo publicitário como recursos repassados a seu partido. Ou seja, alguém aí enganou alguém", diz a IstoÉ, que prossegue afirmando que a lista de Valério "traz o nome de um dos assessores do PT mais próximos ao ex-ministro José Dirceu na Casa Civil, Marcelo Sereno. Ele teria sacado parte dos recursos que Marcos Valério repassou ao PT Nacional", afirma a revista.

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