Em relatório mensal publicado nesta quarta-feira, a AIE elevou sua previsão de alta para o consumo mundial de petróleo em 2022 em 200 mil barris por dia (bpd), a 3,3 milhões e bpd. Para 2021, a entidade com sede em Paris também elevou sua estimativa de avanço na demanda em 200 mil bpd, a 5,5 milhões de bpd.
Por Redação - de São Paulo
A demanda global por petróleo vai exceder níveis anteriores ao da pandemia de covid-19 este ano, graças ao avanço dos esforços de vacinação contra a doença e ao fato de que ondas recentes do vírus não têm sido suficientemente graves para exigir a retomada de medidas mais enérgicas, segundo avaliação da Agência Internacional de Energia (AIE).
Em relatório mensal publicado nesta quarta-feira, a AIE elevou sua previsão de alta para o consumo mundial de petróleo em 2022 em 200 mil barris por dia (bpd), a 3,3 milhões e bpd. Para 2021, a entidade com sede em Paris também elevou sua estimativa de avanço na demanda em 200 mil bpd, a 5,5 milhões de bpd.
"O número de casos de covid está explodindo mundialmente, mas as medidas que os governos vêm tomando para conter o vírus são menos severas do que em ondas anteriores, e seu impacto na atividade econômica e demanda por petróleo segue relativamente contido", diz a agência.
Opep e Rússia
A AIE prevê que a demanda total por petróleo deverá chegar este ano a 99,7 milhões de bpd, cerca de 200 mil bpd acima dos patamares de 2019, ano anterior ao início da pandemia. Há um mês, a agência se mostrava menos otimista e calculava que a demanda em 2022 seria semelhante a níveis pré-pandemia.
Também no documento, a AIE estima que a oferta global de petróleo teve modesta alta de 130 mil bpd em dezembro, a 98,6 milhões de bpd. Já a produção da Opep+ - grupo formado pela Opep e dez parceiros, incluindo a Rússia - teve expansão de 250 mil bpd no último mês.
A AIE informou ainda que os estoques de petróleo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) sofreram redução de 6,1 milhões de barris em novembro, a 2,76 bilhões de barris, o menor nível em sete anos. Dados preliminares sugerem que houve nova queda em dezembro, de 45 milhões de barris.
Energia limpa
No campo da geração de energia limpa, no entanto, o panorama também é positivo. A Win, distribuidora de equipamentos fotovoltaicos pertencente ao Grupo All Nations, fechou 2021 com crescimento de 300% em relação a 2021 na comercialização de kits solares utilizados em residências e empresas.
Em capacidade, foram 100MW contra 30MW em 2020. A meta é triplicar as vendas novamente este ano, impulsionada pelas altas tarifas de energia no Brasil e a aprovação do novo marco legal da geração distribuída.
As previsões da empresa estão em linha com as perspectivas do mercado de energia solar no Brasil, que de acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) terá sua capacidade instalada dobrada este ano, para 25 Gigawatts (GW). A maior parte desse volume, 17 GW, virá da geração distribuída, e o restante das grandes usinas.