Segundo fontes diplomáticas, os países-membros concordaram com um documento que diz que Kiev está em um “percurso irreversível rumo à plena integração euro-atlântica, incluindo a adesão à Otan”. O texto, no entanto, ainda precisa ser aprovado formalmente.
Por Redação, com ANSA – de Washington
O comunicado final da cúpula de líderes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em Washington deve trazer a palavra “irreversível” para se referir a uma futura adesão da Ucrânia.
Segundo fontes diplomáticas, os países-membros concordaram com um documento que diz que Kiev está em um “percurso irreversível rumo à plena integração euro-atlântica, incluindo a adesão à Otan”. O texto, no entanto, ainda precisa ser aprovado formalmente.
O desejo da Ucrânia de entrar na aliança foi um dos estopins para a invasão iniciada pela Rússia em fevereiro de 2022, e Moscou ainda impõe como condição para a paz que Kiev desista de aderir à organização militar.
Estados-membros da Otan
No entanto, os próprios Estados-membros da Otan deixam claro que uma futura entrada da Ucrânia só aconteceria após o fim da guerra. “É um percurso já marcado, mas que se concluirá depois do conflito”, disse o vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, em Washington.
O documento final da cúpula também deve designar um enviado especial para o flanco sul da Otan, demanda da Itália e da Espanha para reforçar a atenção no Oriente Médio e na África, bem como exortar a China a “interromper qualquer apoio material e político à Rússia”, além de definir Pequim como uma “ameaça para a Europa e a segurança”.