No lado da produção, houve um aumento nos volumes extraídos em maio deste ano, tanto de petróleo quanto de gás natural, e também na produção do pré-sal brasileiro. A produção total (petróleo + gás natural) foi de 4,234 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d).
Por Redação, com agências internacionais – de Nova York, NY-EUA
Os preços do petróleo subiram mais de 2% nas últimas 48 horas, atingindo uma máxima de dois meses nesta terça-feira, devido a expectativas de um aumento na demanda durante a temporada de verão no Hemisfério Norte e com temores de que conflitos no Oriente Médio possam se espalhar e reduzir a oferta global de petróleo. Os futuros do Brent subiram US$ 1,68, ou 1,9%, para US$ 86,78 por barril, enquanto o petróleo West Texas Intermediate (WTI) dos Estados Unidos subiu US$ 1,92, ou 2,6%, para US$ 83,48.
Trata-se do maior fechamento do Brent, na véspera, desde 30 de abril pelo terceiro dia consecutivo e o maior fechamento do WTI desde 26 de abril.
“O complexo (energético) está começando esta nova semana de forma forte, à medida que continua a adquirir apoio de aumento do prêmio de risco geopolítico relacionado às tensões Israel-Hezbollah e expectativas otimistas de demanda para este mês, com algum aumento do prêmio de furacão”, disseram analistas da empresa de consultoria de energia Ritterbusch and Associates, em nota pública.
Produção
Israel e Hezbollah, apoiado pelo Irã, têm trocado tiros desde o início da guerra em Gaza, e aumenta a preocupação de que uma guerra mais ampla possa eclodir entre os dois lados, nas próximas semanas.
No lado da produção, houve um aumento nos volumes extraídos em maio deste ano, tanto de petróleo quanto de gás natural, e também na produção do pré-sal brasileiro. A produção total (petróleo + gás natural) foi de 4,234 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d).
Com relação ao petróleo, foram extraídos 3,318 milhões de barris por dia (bbl/d), um crescimento de 3,9% na comparação com o mês anterior e de 3,6% em relação ao mesmo mês de 2023.
Pré-sal
Os dados constam do Boletim Mensal da Produção de Petróleo e Gás Natural de maio de 2024 que a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), divulgou nesta terça-feira.
A produção de gás natural em maio foi de 145,63 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d). Houve alta de 6,6% frente a abril de 2024 e de 0,8% na comparação com maio de 2023.
No pré-sal, a produção total (petróleo + gás natural), em maio, atingiu 3,314 milhões de boe/d e correspondeu a 78,3% da produção brasileira. Esse número representa alta de 5% em relação ao mês anterior e de 3,7% na comparação com o mesmo mês de 2023. Foram produzidos 2,599 milhões de bbl/d de petróleo e 113,73 milhões de m³/d de gás natural por meio de 145 poços.
Gás natural
Ainda em maio, o aproveitamento de gás natural foi de 97,6%. Foram disponibilizados ao mercado 46,75 milhões de m³/d e a queima foi de 3,55 milhões de m³/d. Houve queda de 9,5% na queima em relação a abril e de 14,2% na comparação com maio de 2023.
Os campos marítimos produziram, no mês retrasado, 97,5% do petróleo e 86,2% do gás natural. Os campos operados pela Petrobras, sozinha ou em consórcio com outras empresas, foram responsáveis por 88,88% do total produzido. A produção teve origem em 6.549 poços, sendo 504 marítimos e 6.045 terrestres.
O boletim mensal também informa que, no período, o campo de Tupi, no pré-sal da Bacia de Santos, foi o maior produtor de petróleo e gás, registrando 755,46 mil bbl/d de petróleo e 37,01 milhões de m³/d de gás natural. A instalação com maior produção de petróleo e gás natural foi a FPSO Guanabara, na jazida compartilhada de Mero, com 179.546 bbl/d de petróleo e 11,68 milhões de m³/d de gás.