A Arábia Saudita disse que estenderá seu corte voluntário na produção de petróleo de um milhão de barris por dia (bpd) por mais um mês, para valer durante agosto, acrescentando que o corte pode ser estendido além desse mês.
Por Redação, com Reuters - de Londres
A Arábia Saudita e a Rússia, maiores exportadores de petróleo do mundo, aprofundaram os cortes na oferta de petróleo nesta segunda-feira, elevando os preços, apesar das preocupações com uma desaceleração econômica global e possíveis aumentos nas taxas de juros do Federal Reserve dos EUA.
A Arábia Saudita disse que estenderá seu corte voluntário na produção de petróleo de um milhão de barris por dia (bpd) por mais um mês, para valer durante agosto, acrescentando que o corte pode ser estendido além desse mês. Logo após o anúncio saudita, o vice-primeiro-ministro russo, Alexander Novak, disse que Moscou cortaria suas exportações de petróleo em 500.000 barris por dia em agosto.
Contramão
Os cortes chegam a 1,5% da oferta global e elevam o total prometido pela Opep+ para 5,16 milhões de bpd. A Opep+ já tem vigentes cortes de 3,66 milhões de bpd, totalizando 3,6% da demanda global, incluindo 2 milhões de bpd acordados no ano passado e cortes voluntários de 1,66 milhão de bpd acordados em abril e estendidos até dezembro de 2024.
Na contramão do cartel, dados consolidados do ano de 2022, divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), revelam que a produção nacional de petróleo atingiu 3 milhões de barris por dia, com aumento de 4% em comparação ao ano anterior. A produção de petróleo do pré-sal atingiu média de 2,3 milhões de barris/dia no ano, representando cerca de 76% da produção total do Brasil.