No discurso de abertura do dia, o rei britânico Charles disse às autoridades que os perigos das mudanças climáticas já não são um risco distante e pediu a tomada de mais medidas.
Por Redação, com Reuters - de Dubai
Líderes de todo o mundo estão discursando na conferência climática COP28 nesta sexta-feira, e espera-se que muitos falem sobre as dificuldades criadas pelos desastres climáticos que estão ocorrendo em seus países.
No discurso de abertura do dia, o rei britânico Charles disse às autoridades que os perigos das mudanças climáticas já não são um risco distante e pediu a tomada de mais medidas.
– Rezo de todo o coração para que a COP28 seja outro ponto de virada crítico para uma ação transformacional genuína – disse ele, referindo-se à cúpula de 2015 realizada em França.
A conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) também ouviu o secretário-geral da instituição, António Guterres, que tem feito das mudanças climáticas um ponto de discussão frequente.
Ele pediu o fim da queima dos combustíveis fósseis e disse que o mundo está muito distante do cumprimento das metas estabelecidas no Acordo de Paris.
Longe do palco principal, as delegações e os comitês técnicos começaram a trabalhar nesta sexta-feira com a tarefa gigantesca de avaliar seu progresso no cumprimento das metas climáticas globais.
ONU
A ONU publicou nesta sexta-feira seu primeiro esboço do que poderia servir de modelo para um acordo final da cúpula, que termina em 12 de dezembro.
O documento oferece "blocos de construção" para um resultado político e inclui várias opções para abordar uma das questões mais espinhosas da cúpula: decidir se, e até que ponto, os combustíveis fósseis devem desempenhar um papel no futuro.
Uma das opções envolve a inclusão de compromissos para reduzir ou eliminar gradualmente o uso de combustíveis fósseis, abandonar a energia do carvão e triplicar a capacidade de energia renovável até 2030.
Na quinta-feira, o presidente da COP28, Sultan Ahmed al-Jaber, pediu aos países que trabalhem em conjunto com as empresas petrolíferas para chegar a um consenso, dizendo que envolver as empresas de combustíveis fósseis nas negociações é essencial para resolver a crise climática.
A cúpula também obteve uma vitória antecipada ao adotar um novo fundo para ajudar os países pobres a lidar com os dispendiosos desastres climáticos.