O Brasil não apenas apoiou o assassinato do segundo homem mais importante da nação iraniana como pretende sediar, nos dias 5 e 6 de fevereiro, um encontro entre aliados militares dos EUA.
Por Redação - de São Paulo
O ex-presidente irá a Paris, ainda este mês, para receber o título de cidadão honorário da cidade, segundo comentário que circula na Comissão Executiva Nacional do PT. Dirigentes do partido disseram a interlocutores que o líder petista deverá aproveitar a oportunidade para fazer um giro pela Europa e, assim,“agradecer a solidariedade” recebida de líderes da União Europeia (UE) durante o período de sua prisão.
Influente no cenário internacional, Lula já manifestou sua opinião e teceu pesadas críticas ao governo do presidente Donald Trump, após o assassinato do general Qassem Soleimani. Em seu site, O PT também formulou, nesta segunda-feira, uma pesada crítica ao chanceler Ernesto Araújo, ao afirmar que ele arrasta o país para “o centro da crise” instalada após o atentado que matou o chefe da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã.
O Brasil não apenas apoiou o assassinato do segundo homem mais importante da nação iraniana como pretende sediar, nos dias 5 e 6 de fevereiro, um encontro entre aliados militares dos EUA, que será usado por Trump para pressionar a comunidade internacional a apoiar a ofensiva contra o Irã.
‘Lacaio’
Segundo o o jornalista Jamil Chade, do diário conservador paulistano Folha de S. Paulo, diplomatas que pediram para não ter suas identidades reveladas por temer retaliações de Araújo disseram que a nota em apoio às ações de guerra dos EUA rompe com a tradição diplomática brasileira. O Brasil prezou pelo diálogo, o que coloca o país numa posição de “lacaio” dos EUA.
— Ninguém respeita quem adota uma posição de lacaio. Em vez de defender os interesses do país, defendem os interesses americanos. Assim, nenhum país pode ser respeitado — disse um embaixador.
Segundo Chade, a reunião faz parte do Processo de Varsóvia, para debater assuntos relacionados aos refugiados em todo o mundo, mas a maioria dos países comparecerão ao encontro, no Brasil, com o objetivo único de conter o Irã. Tanto que China, Rússia e França se recusaram a participar do processo.
Aliados dos EUA na região, Israel, Afeganistão, Bahrein, Jordânia, Emirados Árabes e Arábia Saudita devem comparecer à reunião.