Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

Contratação de Datena pela EBC gera protestos na base aliada

A contratação de Datena pela EBC gera polêmica e protestos entre sindicatos de jornalistas e segmentos da esquerda, questionando a ética e os direitos humanos.

Quinta, 04 de Dezembro de 2025 às 20:24, por: CdB

Datena comandará um talk show na TV e um programa diário na Rádio Nacional. A decisão provocou críticas da Fenaj e de sindicatos de jornalistas do Distrito Federal, do Rio de Janeiro e de São Paulo.

Por Redação – de Brasília

Embora o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos, tenha saído em defesa da contratação do bolsonarista José Luiz Datena pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC), a medida tem gerado debate entre segmentos da esquerda, na base aliada ao governo.

Contratação de Datena pela EBC gera protestos na base aliada | O apresentador Datena tem um longo histórico de abusos quanto aos Direitos Humanos
O apresentador Datena tem um longo histórico de abusos quanto aos Direitos Humanos

Datena comandará um talk show na TV e um programa diário na Rádio Nacional. A decisão provocou críticas da Fenaj e de sindicatos de jornalistas do Distrito Federal, do Rio de Janeiro e de São Paulo, que afirmaram em nota que o comunicador “consolidou um tipo de jornalismo marcado pelo desrespeito sistemático aos Direitos Humanos e pelo proselitismo político”.

O ministro, na defesa da contratação de um político ligado à extrema direita, ressaltou vínculos históricos entre o apresentador e o campo progressista.

— É preciso levar em consideração a história do Datena. Ele foi filiado ao PT durante a maior parte da vida — disse.

 

Protesto

Em nota, o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé manifestou a “profunda indignação diante da confirmação de que a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) chegou a um acordo com José Luiz Datena para apresentar programas na TV Brasil e na Rádio Nacional”.

“A decisão, anunciada pela própria Empresa, representa um grave desvio de propósito em uma instituição concebida para fortalecer a democracia, a diversidade e o direito à comunicação no país (…). A missão de uma empresa pública de comunicação não é competir com o sensacionalismo da mídia privada, tampouco adotar estratégias de audiência que se baseiam no medo, na estigmatização ou na exploração da tragédia alheia”, conclui o documento.

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