Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

Confronto entre facções reacende disputa no Az de Ouro

A disputa entre facções no Az de Ouro, Anchieta, reacende a guerra pelo controle do tráfico de drogas. Entenda os impactos na comunidade.

Terça, 11 de Novembro de 2025 às 11:38, por: CdB

Homens ligados ao TCP deram início a mais uma guerra pelo controle do tráfico de drogas em favela em Anchieta, Zona Norte do Rio.

Por Redação, com Agenda do Poder – do Rio de Janeiro

Criminosos do Terceiro Comando Puro (TCP) invadiram a tiros, na noite de segunda-feira, a favela Az de Ouro, área sob o domínio do Comando Vermelho (CV) em Anchieta, Zona Norte do Rio.

Confronto entre facções reacende disputa no Az de Ouro | Avanço do TCP gera novo embate no Az de Ouro
Avanço do TCP gera novo embate no Az de Ouro

Durante a ação, moradores foram confundidos com rivais e se tornaram alvo dos disparos, segundo informações de testemunhas.

Moradores fizeram vídeos registrando os tiros em meio à ação. Procurada pela Agenda do Poder, a Polícia Militar confirmou o tiroteio e informou que o policiamento foi reforçado na região.

Jovens que participavam de um projeto social em uma praça no local precisaram fugir, segundo relatos. Mesmo com a ofensiva do TCP, o CV segue no território.

A principal facção criminosa do Rio foi alvo de uma das operações policiais mais letais do mundo, que deixou ao menos 121 pessoas mortas há duas semanas no Complexo do Alemão e Penha, reduto do CV.

Facção criminosa do Rio

Em meio a um processo de “nacionalização” confirmado em levantamento recente feito pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), a principal facção criminosa do Rio de Janeiro tem se fortalecido há ao menos 15 anos.

Esse processo também é um reflexo da expansão territorial chefiada por Luciano Martiniano da Silva, o Pezão, apontado por fontes ligadas à Agenda do Poder como o líder invisível do CV pelo seu perfil discreto e com a experiência acumulada de quem passou mais de dez anos no Paraguai.

As favelas do Rio se tornaram, inclusive, reduto para os criminosos mais procurados do país, cobrando até R$ 1 milhão por mês para abrigar líderes de outros estados, segundo investigações policiais.

Alguns desses criminosos, que estavam na lista de mortos da megaoperação policial no Complexo do Alemão e Penha, ostentavam fuzis e exibiam as suas rotinas no mundo do crime nas redes sociais. A relação inclui líderes do Comando Vermelho na Bahia, Amazonas, Pará e Goiás.

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