Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Combates na Faixa de Gaza se concentram no hospital Al Shifa

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Quinta, 21 de Março de 2024 às 11:49, por: CdB

Em Gaza, a ofensiva militar de Israel se concentrou no hospital Al Shifa, a única instalação médica parcialmente em funcionamento no norte da Faixa, pelo quarto dia, e os moradores disseram ter visto prédios em chamas dentro do complexo.


Por Redação, com Reuters - de Gaza


O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, chegou ao Cairo nesta quinta-feira para conversar com autoridades árabes e pressionar por um cessar-fogo em Gaza, depois que o primeiro-ministro de Israel disse aos republicanos dos Estados Unidos que não haveria trégua na guerra contra o Hamas.




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As negociações de cessar-fogo foram retomadas esta semana no Qatar

Em Gaza, a ofensiva militar de Israel se concentrou no hospital Al Shifa, a única instalação médica parcialmente em funcionamento no norte da Faixa, pelo quarto dia, e os moradores disseram ter visto prédios em chamas dentro do complexo.


Blinken iniciou sua mais recente turnê pelo Oriente Médio na quarta-feira, na Arábia Saudita, reunindo-se com o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman bin Abdulaziz Al-Saud para conversações sobre Gaza, onde a escassez de alimentos afeta os 2,3 milhões de palestinos e, em algumas áreas, ultrapassa os níveis de fome, de acordo com as Nações Unidas.


– Estamos pressionando por um cessar-fogo imediato vinculado à libertação dos reféns. Isso traria alívio imediato para muitas pessoas que estão sofrendo em Gaza, crianças, mulheres, homens – afirmou Blinken à emissora árabe Al Hadath.


Ele disse que os EUA haviam elaborado uma resolução nas Nações Unidas para esse fim.


As negociações de cessar-fogo foram retomadas esta semana no Qatar, depois que Israel rejeitou uma proposta do Hamas na semana passada. Os lados estão discutindo uma trégua de cerca de seis semanas que permitiria a libertação de 40 reféns israelenses em troca de centenas de palestinos detidos em prisões israelenses.


No entanto, o Hamas afirma que liberará os reféns apenas como parte de um acordo que encerraria a guerra, enquanto Israel diz que discutirá apenas uma pausa temporária.


– Acho que as diferenças estão diminuindo e acho que um acordo é bem possível – disse Blinken ao Al Hadath. "A equipe israelense está presente e tem autoridade para chegar a um acordo."


Blinken e o presidente egípcio, Abdel Fattah El-Sisi, analisaram juntos o progresso das conversações, informaram o gabinete de Sisi e o Departamento de Estado dos EUA.



Trégua


Sisi enfatizou a necessidade de uma trégua para lidar com a escalada da crise humanitária em Gaza e alertou sobre os perigos de uma operação militar em Rafah, a última zona de relativa segurança para os civis, onde mais da metade da população do enclave está agora abrigada, pressionada contra a fronteira egípcia.


Perto do hospital Al Shifa, os moradores disseram à Reuters, por meio de um aplicativo de bate-papo, que o Exército havia explodido casas próximas, enquanto os prédios do complexo hospitalar queimavam.


Rabah, pai de cinco filhos, disse que a área era uma zona de guerra, com pessoas presas dentro de suas casas em meio a confrontos nas ruas.


– Israel enviou tanques de volta ao coração da Cidade de Gaza para destruir o que restou de casas e ruas – declarou ele.



Atiradores do Hamas


Israel disse que suas tropas mataram mais de 50 atiradores do Hamas no dia anterior, elevando para 140 o número de combatentes mortos ao redor do hospital, além de dois soldados israelenses.


Afirma ter localizado infraestrutura e armas terroristas dentro e ao redor das instalações, mostrando imagens de fuzis automáticos AK-47, granadas, morteiros e outras peças de artilharia.


O porta-voz militar, contra-almirante Daniel Hagari, disse que "muitos terroristas do Hamas, agentes e membros do alto escalão" estavam escondidos no hospital, juntamente com militantes da Jihad Islâmica.


– Quando entramos no hospital, encontramos terroristas lutando contra nós aqui nesta área – afirmou ele.


O Hamas negou que o hospital abrigasse militantes e disse que os mortos eram pacientes feridos e pessoas deslocadas.




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