Combate ao câncer depende de toda a sociedade, afirma Inca
Além de conscientizar sobre o papel da sociedade no enfrentamento à doença, a data também é uma oportunidade para discutir as condições das pessoas que sobreviveram ao câncer, de que forma a doença afetou suas vidas e o impacto nas famílias.
Além de conscientizar sobre o papel da sociedade no enfrentamento à doença, a data também é uma oportunidade para discutir as condições das pessoas que sobreviveram ao câncer, de que forma a doença afetou suas vidas e o impacto nas famílias.
Por Redação, com ACS - de Brasília
Ações que reforçam a importância de a população se envolver na prevenção e no tratamento do câncer marcaram o Dia Mundial do Câncer, celebrado na segunda-feira. No Brasil, a campanha “Eu sou e eu vou”, do Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), pretende mostrar que o combate à doença não depende apenas dos profissionais de saúde. Câncer de mama deve atingir cerca de 60 mil mulheres por ano entre 2018 e 2019
– Todos os setores da sociedade potencialmente podem contribuir. Seja pela redução dos fatores de risco ambientais (poluição, alimentação pouco saudável etc.), seja na consciência sobre o câncer, que potencialmente pode afetar qualquer indivíduo – afirma Gélcio Mendes, diretor substituto do instituto.
Além de conscientizar sobre o papel da sociedade no enfrentamento à doença, a data também é uma oportunidade para discutir as condições das pessoas que sobreviveram ao câncer, de que forma a doença afetou suas vidas e o impacto nas famílias.
Próstata e mama
Segundo estimativas do Inca, no biênio 2018-2019, os cânceres de mama e de próstata serão os tipos mais comuns no Brasil, excluindo o câncer de pele não melanoma. Durante esse período, estimam-se 68.220 casos novos de câncer de próstata por ano. Esses valores correspondem a um risco estimado de 66,12 casos novos a cada 100 mil homens.
Para o de mama, estimam-se 59.700 casos novos para cada ano, com um risco estimado de 56,33 casos a cada 100 mil mulheres.
Prevenção
Renta Maciel, sanitarista da Divisão de Detecção Precoce e Apoio à Organização de Rede do Inca, explica que mudanças nos hábitos de vida são as principais formas de prevenir essas e outras formas do câncer. Por isso, é importante manter uma alimentação saudável, realizar atividade físicas, não fumar e evitar o consumo de bebidas alcoólicas.
Para se prevenir do câncer de mama, o Inca recomenda a realização da mamografia em mulheres entre 50 a 69 anos a cada dois anos. Para o câncer de próstata, não há recomendação para o rastreio, pois a realização dos exames de rotina pode causar mais danos que benefícios. O Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde não indicam que homens sem sinais ou sintomas façam exames como o de toque retal, por exemplo.
– A estratégia recomendada para os homens é o diagnóstico precoce, que consiste na investigação de sinais e sintomas desse câncer, sendo os mais comuns: dificuldade de urinar; demora em começar e terminar de urinar; diminuição do jato de urina; necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite e presença de sangue na urina – afirma Renata.
Esse tipo de diagnóstico também é recomendado para o câncer de mama, que apresenta como principais sinais e sintomas: presença de nódulo (caroço) fixo e indolor na mama ou axila; pele da mama com aspecto de casca de laranja; saída de líquido anormal das mamas.
– A população deve estar alerta e procurar a unidade de saúde prontamente à percepção de qualquer desses sintomas, principalmente os homens, que estudos apontam a demora na procura do cuidado em saúde, devido a questões culturais – conclui a sanitarista.
Tratamento
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento gratuito contra o câncer. Atualmente, são 288 unidades e centros de assistência habilitados para atender pacientes com a doença. Todos os estados brasileiros têm pelo menos um hospital oncológico, onde é possível realizar exames e cirurgias mais complexas. Confira aqui a lista das unidades da rede do SUS especializadas em câncer.