A interlocutores, o general afirma que o momento é de "retomada da confiança" e de busca de pacificação. O fim da celebração do golpe foi, portanto, um aceno ao governo Lula (PT). A leitura da Ordem do Dia de 31 de março acabou em 1995, durante o governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
10h42 - de Brasília
Comandante do Exército, o general Tomás Paiva acabou com a celebração do aniversário do golpe militar de 1964 nos quartéis que aconteceria em todos os quartéis do país, ainda este ano. Paiva avaliou que "o normal era não existir”, na leitura da Ordem do Dia alusiva a 31 de março de 64, ocorrida nesta quarta-feira.
A interlocutores, o general afirma que o momento é de "retomada da confiança" e de busca de pacificação. O fim da celebração do golpe foi, portanto, um aceno ao governo Lula (PT). A leitura da Ordem do Dia de 31 de março acabou em 1995, durante o governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
Nos primeiros governos Lula, segundo o Centro de Comunicação Social com base nos arquivos do Exército, só foram localizadas Ordens do Dia publicadas em 2004, 2005 e 2006. Desde então, a celebração não havia mais acontecido. Em 2019, no entanto, com a chegada de Jair Bolsonaro (PL) à Presidência, a prática foi retomada.
Eleição
Em 2019, a desembargadora Maria do Carmo Cardoso, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) derrubou a decisão da primeira instância que proibia as comemorações pelos 55 anos da ditadura.
Ainda nesta quarta-feira, o comandante da Força Armada explicou à cúpula do Exército o áudio em que afirma que "infelizmente" Lula venceu as eleições. Paiva disse que a ideia central de sua fala aos subordinados era reforçar a aceitação do resultado eleitoral.
Em um novo aceno à democracia, o comandante fez chegar pelos bastidores ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes que não haverá resistência do Exército em relação ao julgamento de militares envolvidos no 8 de janeiro pela Justiça comum.