A Polishop chegou a ter 280 lojas físicas, a maioria delas em shoppings, que eram combinadas ao e-commerce. Desde 2021, após o baque da pandemia sobre o comércio varejista, a companhia iniciou um plano de reorganização que previa a redução no número de lojas próprias e a ampliação das fraqueadas.
Por Redação – de São Paulo
A rede varejista Polishop apresentou nesta sexta-feira, à Justiça de São Paulo, o pedido de recuperação judicial, no qual declara ter R$ 352 milhões em dívidas. No início de abril, a empresa havia conseguido antecipar os efeitos do processo de recuperação para barrar vencimento de dívidas e execuções que, segundo seus advogados, poderiam resultar na liquidação de seu patrimônio.
Em nota pública, a Polishop disse que aguarda a homologação do pedido para se pronunciar sobre o assunto. Caso o juízo aceite o pedido, a empresa terá 60 dias para apresentar o plano de recuperação judicial, no qual detalha como pagará suas dívidas trabalhistas, com fornecedores e com bancos.
Franqueadas
A Polishop chegou a ter 280 lojas físicas, a maioria delas em shoppings, que eram combinadas ao e-commerce. Desde 2021, após o baque da pandemia sobre o comércio varejista, a companhia iniciou um plano de reorganização que previa a redução no número de lojas próprias e a ampliação das fraqueadas.
Segundo o pedido de recuperação encaminhado à 2ª Vara de Falências e Recuperação Judicial de São Paulo, a empresa tem hoje 58 pontos físicos e está sob o risco de despejo em 17 endereços.
A Polishop tinha 120 lojas no ano passado, muitas delas sob risco de despejo. As administrações de shoppings da Grande São Paulo, do ABC e do Rio de Janeiro foram à Justiça para retomar seus imóveis, diante da inadimplência da varejista.
No pedido de recuperação judicial, a Polishop diz ter chegado a ter receita anual de R$ 1,2 bilhão. A empresa diz ter sido afetada pelos fechamentos do comércio durante o controle da pandemia de covid-19 e, em seguida, pela alta dos juros.