De acordo com o agrônomo Nélio Uemura, da Cooperativa Agrícola de Capão Bonito, a região tem um bom regime de chuvas e é menos sujeita à estiagem, mas sentiu bastante os efeitos das geadas deste ano.
Por Redação - de São Paulo
A geada que cobriu os campos de Capão Bonito, no interior de São Paulo, no dia 20 de julho deste ano, atingiu 275 hectares de trigo plantados pelo agricultor Edson Sukessada. A expectativa era de uma produção de 75 sacas por hectare. Na manhã passada, 20 dias depois, ele contabilizava a perda total da produção, em 200 hectares.
— Houve dano na estrutura da planta, e os cachos estão morrendo. Não vai dar colheita — lamentou aos repórteres do diário conservador paulistano O Estado de S. Paulo (OESP), nesta quarta-feira. A perda chega a 15 mil sacas, prejuízo superior a R$ 1 milhão.
Sem colheita
A geada atingiu também os 600 hectares cultivados com milho safrinha pelo produtor na mesma região.
— As áreas mais velhas, que já estavam bem formadas, tiveram quebra de 5%. Já as mais novas, que plantamos até o limite da janela (período ideal para o cultivo), em 20 de março, tiveram perdas maiores, que vão de 50% a 70%. Creio que, na média, vamos fechar a colheita do milho safrinha com perda de 30% ou mais — disse Sukessada ao OESP.
De acordo com o agrônomo Nélio Uemura, da Cooperativa Agrícola de Capão Bonito, a região tem um bom regime de chuvas e é menos sujeita à estiagem, mas sentiu bastante os efeitos das geadas deste ano.
— Nossos cooperados cultivaram cerca de 6,5 mil hectares de trigo e 70% dessa área estão condenados e não haverá colheita — concluiu.