Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

Cientistas dizem que 2024 pode ser ano mais quente registrado no planeta

Os dados mais recentes sugerem que 2024 poderá superar 2023 como o ano mais quente desde que os registos começaram, depois das alterações climáticas causadas pelo homem e do fenômeno climático natural El Nino terem empurrado as temperaturas para máximos recordes no ano até agora.

Segunda, 08 de Julho de 2024 às 13:27, por: CdB

Os dados mais recentes sugerem que 2024 poderá superar 2023 como o ano mais quente desde que os registos começaram, depois das alterações climáticas causadas pelo homem e do fenômeno climático natural El Nino terem empurrado as temperaturas para máximos recordes no ano até agora.

Por Redação, com Reuters – de Bruxelas

O mês passado foi o junho mais quente já registrado, disse o serviço de monitoramento de mudanças climáticas da União Europeia nesta segunda-feira, dando continuidade a uma série de temperaturas excepcionais que, segundo alguns cientistas, colocam 2024 no caminho para ser o ano mais quente já registrado no planeta.

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Os dados mais recentes sugerem que 2024 poderá superar 2023 como o ano mais quente

Todos os meses desde junho de 2023, 13 meses consecutivos, foram classificados como os mais quentes do planeta desde o início dos registos, em comparação com o mês correspondente dos anos anteriores, informou o Serviço de Alterações Climáticas Copernicus (C3S) da União Europeia, em um boletim mensal.

Os dados mais recentes sugerem que 2024 poderá superar 2023 como o ano mais quente desde que os registos começaram, depois das alterações climáticas causadas pelo homem e do fenômeno climático natural El Nino terem empurrado as temperaturas para máximos recordes no ano até agora, disseram alguns cientistas.

– Agora estimo que há uma probabilidade de aproximadamente 95% de que 2024 supere 2023 como o ano mais quente desde que os registos de temperatura da superfície global começaram, em meados de 1800 – disse Zeke Hausfather, cientista investigador da organização sem fins lucrativos norte-americana Berkeley Earth.

A mudança climática já desencadeou consequências desastrosas em todo o mundo em 2024.

Calor intenso

Mais de mil pessoas morreram devido ao calor intenso durante a peregrinação do hajj, viagem dos muçulmanos até Meca, no mês passado. Mortes foram registadas em Nova Deli, capital da Índia, que sofreu uma onda de calor sem precedentes, e entre turistas na Grécia.

Friederike Otto, cientista climática do Instituto Grantham do Imperial College London, disse que há uma “grande chance” de 2024 ser classificado como o ano mais quente já registrado.

– O El Niño é um fenômeno natural que sempre vai e vem. Não podemos parar o El Niño, mas podemos parar a queima de petróleo, gás e carvão – disse ela.

O fenômeno natural El Nino, que aquece as águas superficiais no leste do Oceano Pacífico, tende a aumentar as temperaturas médias globais.

O conjunto de dados do C3S remonta a 1940, e os cientistas cruzaram-nos com outros números para confirmar que o mês passado foi o junho mais quente desde o período pré-industrial de 1850-1900.

As emissões de gases com efeito de estufa provenientes da queima de combustíveis fósseis são a principal causa das alterações climáticas.

Nos 12 meses encerrados em junho, a temperatura média mundial foi a mais alta já registrada em qualquer período desse tipo, 1,64 graus Celsius acima da média pré-industrial, disse o C3S.

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