Os líderes das principais economias do Mundo estarão na capital fluminense. O esquema de segurança também inclui a proteção dos integrantes de 55 delegações, os hotéis onde estão hospedados.
Por Redação, com CartaCapital – do Rio de Janeiro
Cerca de 25 mil agentes, 5 mil câmeras de segurança, ruas tomadas por veículos militares: o Rio de Janeiro abandona seu habitual estilo descontraído para se tornar uma fortaleza hipervigiada para a cúpula do G20.

A “cidade maravilhosa” recebeu, nesta segunda-feira, dezenas de líderes mundiais, poucos dias depois de um homem tentar entrar com explosivos no Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, e acabar se explodindo na Praça dos Três Poderes, um ataque que disparou todos os alarmes no país.
Tanques militares já estão posicionados em vários pontos desde quinta-feira, como nas proximidades da sede da cúpula, o Museu de Arte Moderna do Rio, localizado entre o centro e a Zona Sul.
As ruas serão vigiadas por cerca de 5 mil câmeras, drones e helicópteros.
O esquema de segurança também inclui a proteção dos integrantes de 55 delegações, os hotéis onde estão hospedados, além da liberação de vias para a circulação de comboios oficiais, alguns dos quais têm até 25 veículos, como o do presidente chinês, Xi Jinping.
Esquema de segurança
Para facilitar a logística, as autoridades municipais decretaram um “megaferiado” de seis dias, aproveitando dois feriados já existentes no calendário, em 15 e 20 de novembro.
Os acessos às praias de Copacabana e Ipanema e o Aterro do Flamengo estão restritos, provavelmente o maior inconveniente para os cariocas, que costumam frequentá-los nos feriados.
– Vou aproveitar ao máximo e passar fora do Rio – disse Leandro Carilleo, um aposentado de 75 anos que caminhava na praia de Copacabana.
– Ninguém vai ser impedido de circular pela cidade, mas entendendo que vai ter de se programar porque o Rio não estará vivendo um período normal – disse o prefeito Eduardo Paes, que pediu “a colaboração” da população.
Realizar um evento de tal magnitude no coração do Rio é “desafiador”, disse em coletiva de imprensa o presidente do comitê organizador Rio G20, Lucas Padilha.
O Rio, além de suas paisagens fascinantes, é conhecido pela violência urbana. No primeiro semestre deste ano, foi registrado um homicídio a cada duas horas e meia, segundo o projeto Monitor da Violência.
Há apenas três semanas, um intenso tiroteio em uma favela próxima a uma das principais avenidas da cidade deixou três mortos e gerou cenas de pânico.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ativou a Garantia da Lei e da Ordem (GLO), o protocolo de segurança máxima, que confere poderes às Forças Armadas em situações gravíssimas de “perturbação da ordem”.