Na véspera, Moraes concedeu liberdade provisória a Cid, mantendo medidas cautelares estabelecidas no processo, como a proibição de falar sobre as investigações, que foi o motivo de sua prisão em 22 de março. O militar, que havia firmado um acordo de colaboração premiada, foi novamente preso após a divulgação de áudios nos quais ele critica a investigação conduzida pela Polícia Federal.
Por Redação – de Brasília
Uma semana antes de ser solto por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, prestou um depoimento de duas horas e vinte minutos a investigadores da Polícia Federal e do Federal Bureau of Investigation (FBI), dos Estados Unidos.
Na véspera, Moraes concedeu liberdade provisória a Cid, mantendo medidas cautelares estabelecidas no processo, como a proibição de falar sobre as investigações, que foi o motivo de sua prisão em 22 de março. O militar, que havia firmado um acordo de colaboração premiada, foi novamente preso após a divulgação de áudios nos quais ele critica a investigação conduzida pela Polícia Federal e o próprio ministro Moraes, relator dos inquéritos que Cid.
O tenente-coronel é alvo de investigações relacionadas a uma suposta trama de tentativa de golpe de Estado, falsificação de cartões de vacina contra a Covid-19 e pela venda de joias sauditas que deveriam ter sido incorporadas ao patrimônio do Estado brasileiro, mas que Bolsonaro tentou se apropriar.
Joias
Em relação ao caso das joias, Cid disse aos investigadores na última sexta-feira (26), segundo informações do Jornal da Band, que apenas seguia o que era orientado pelo então presidente, após ter trocado, em junho de 2022, mensagens com um possível comprador de um relógio Rolex presenteado a Bolsonaro pelo governo da Arábia Saudita. Os presentes pertencem ao Estado brasileiro.
Um dia após a divulgação dos áudios pela revista Veja, Cid compareceu a uma audiência no STF para confirmar os termos de sua colaboração premiada, que originalmente garantiria sua libertação em setembro de 2023. Durante a audiência, ele reiterou tudo o que havia dito na delação e negou ter sido coagido, afirmando que os áudios foram enviados em um momento de desabafo.