A coligação de partidos de centro-esquerda Unidade Constituinte (UC) foi a grande vencedora do segundo turno das eleições regionais de domingo, conquistando a maioria dos cargos de governador, incluindo o de Santiago.
Por Redação, com ABr - de Santiago
A coligação de partidos de centro-esquerda Unidade Constituinte (UC) foi a grande vencedora do segundo turno das eleições regionais de domingo, conquistando a maioria dos cargos de governador, incluindo o de Santiago. O candidato Claudio Orrego, um militante dos Democratas-Cristãos (DC), venceu com 52,7% dos votos da capital. A coligação conquistou 10 das 16 regiões do país, oito das quais obtidas no segundo turno e duas no primeiro. É a primeira vez na história que o Chile elege as suas autoridades regionais, anteriormente nomeadas pelo governo. Essas eleições são consideradas eleições cruciais para a descentralização do país. – Assumimos este triunfo com grande humildade e tremendo sentido de responsabilidade. Levantar a região metropolitana após a pandemia vai ser uma tarefa muito difícil – disse Orrego, que venceu em Santiago Karina Oliva (47,27%), da Frente Ampla (FA), uma esquerda mais radical. Karina declarou que, apesar da derrota, o seu bloco "cresceu" e que "é importante" manter "a unidade, força e organização, mas sobretudo a convicção intacta" de que a região e o país "podem ser muito mais justos e democráticos". A direita foi a grande perdedora, apenas conseguindo ganhar nas urnas na região da Araucanía, no centro do país, conhecida por ser uma área de conflito entre as autoridades e os povos indígenas. Luciano Rivas, um independente que concorreu na lista do bloco de direita dominante Chile Vamos, vai governar a região.