Lula sabe que o grupo político de direita e as forças progressistas divergem, diametralmente, nas pautas de costume, o que inviabiliza o alinhamento na votação de temas diversos. Ainda assim, na reunião com o núcleo de articulação política do governo, Lula insistiu para que os líderes do governo pressionem os ministros do ‘Centrão’ a garantir os votos necessários para os projetos em tramitação no Congresso.
12h39 – de Brasília
Ministros que representam partidos do chamado ‘Centrão’, grupo político coordenado pelo presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), têm dito que não há condições para mobilizar suas bancadas em votações de projetos fora da pauta econômica. Em conversas reproduzidas pela mídia conservadora, nesta quinta-feira, o acordo entre eles e o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após a eleição de 2022 baseia-se, exclusivamente, na questão econômica.
Lula, de acordo com esses interlocutores, sabe que o grupo político de direita e as forças progressistas divergem, diametralmente, nas pautas de costume, o que inviabiliza o alinhamento na votação de temas diversos. Ainda assim, na reunião com o núcleo de articulação política do governo, nesta segunda-feira, Lula insistiu para que os líderes do governo pressionem os ministros do ‘Centrão’ a garantir os votos necessários para os projetos em tramitação no Congresso.
Líder do governo no Senado e fiel escudeiro do presidente, o ex-governador baiano Jaques Wagner (PT-BA) adiantou que os ministros e as bancadas das legendas de centro-direita para perguntar diretamente sobre o apoio de seus partidos.
Metade final
Três ministros, em condição de anonimato, afirmaram ao diário conservador carioca ‘O Globo’ que embora haja apoio significativo dos parlamentares em pautas econômicas, a cena é muito diferente quanto aos projetos de costumes.
Segundo esses integrantes do ‘Centrão’, o presidente poderá ser forçado a realizar uma reforma ministerial após as eleições municipais com vistas à governabilidade na metade final de seu governo.