Após a megaoperação que deixou mais de 120 mortos no Rio, o governador Cláudio Castro diz que já há dez novas ações agendadas com autorização judicial, prometendo ofensiva contínua contra o crime organizado em várias regiões do Estado.
Por Redação, com Agenda do Poder – do Rio de Janeiro
O governador Cláudio Castro reforçou que o Estado do Rio de Janeiro prepara uma nova série de ofensivas contra o crime organizado, conforme já antecipado em primeira mão pelo jornalista Ricardo Bruno no Agenda do Poder. Segundo Castro, já há 10 operações “com autorização judicial” prontas para serem deflagradas nas próximas semanas. A declaração foi dada à coluna de Lauro Jardim, do diário conservador carioca O Globo, em meio às repercussões da operação que resultou em 121 mortes nos complexos do Alemão e da Penha — a mais letal da história do Estado.
De acordo com Castro, as novas ações não terão caráter de ocupação permanente das favelas, mas seguirão o modelo da operação da semana passada, marcada por confrontos intensos entre forças de segurança e criminosos. “Não acredito em ocupação”, disse o governador, ao explicar que as operações serão pontuais e com objetivos definidos.
Nova fase das ações em Jacarepaguá e Baixada
Castro também anunciou que, em dezembro, deve começar uma operação de retomada de territórios em Jacarepaguá, na Zona Sudoeste do Rio. Antes disso, ainda nesta semana, a polícia pretende iniciar uma série de ações diárias na região e na Baixada Fluminense para a remoção de barricadas erguidas por facções criminosas.
Segundo o governador, entre cinco e 10 grupos de policiais atuarão simultaneamente na desobstrução das vias e vielas que foram tomadas por obstáculos nos últimos anos. “As barricadas são símbolos do controle paralelo que precisamos eliminar”, disse.
Reforço na estratégia e apoio popular
O governo fluminense tem utilizado o apoio popular como argumento para sustentar a continuidade da estratégia de enfrentamento direto às facções. Pesquisas internas citadas pelo governador indicam que grande parte da população aprova as ações recentes, mesmo após as críticas de entidades de direitos humanos e de lideranças políticas sobre o alto número de mortos.
Castro afirmou que o foco é avançar no que chama de “recuperação de territórios perdidos” e que as operações seguirão sendo realizadas com base em autorizações judiciais. A previsão é que o cerco se intensifique nas áreas dominadas por facções, especialmente na Zona Oeste e na Baixada.
