Um carro-bomba conduzido por um suicida explodiu dois ônibus que traziam peregrinos do Irã em frente a um templo muçulmano xiita no Iraque nesta quinta-feira, matando 13 pessoas e ferindo outras 41, disseram fontes da polícia e de hospitais.
O ataque acontece um dia depois da advertência feita pelos militares dos Estados Unidos de que o suposto novo líder da Al Qaeda no Iraque poderia lançar uma nova campanha de carros-bomba.
O suicida lançou o carro entre dois ônibus iranianos que chegavam ao templo Maithem al-Tamar, em Kufa, o centro religioso nos arredores da cidade de Najaf, a 160 quilômetros ao sul de Bagdá.
Entre os destroços queimados dos veículos, foram encontrados os corpos de três mulheres vestidas com roupas iranianas. Ainda saía fumaça dos restos do carro do suicida.
A polícia disse que diversas crianças iraquianas, que ganham a vida levando peregrinos inválidos para o templo em carrinhos, também foram atingidas pela explosão. Muitas dormem no local, esperando por trabalho.
No hospital Hakim, em Najaf, o médico Alaa al-Tayar disse ter visto 23 feridos e sete mortos. Contagens posteriores de outros dois hospitais colocam o número de mortos em 13 e o de feridos, em 41.
Outros peregrinos xiitas já foram alvo de ataques de insurgentes árabes sunitas. Os militares dos EUA advertiram sobre um possível aumento de ações com carros-bomba por causa da suposta liderança de Abu Ayyub al-Masri na Al Qaeda do Iraque.
Masri, nomeado por Osama bin Laden na última semana, tem reputação de ser organizador de ataques com carros-bomba. No sábado, um deles matou mais de 60 pessoas em um mercado de um bairro xiita de Bagdá - o mais letal em três meses. Outro ataque na capital matou seis pessoas na quarta-feira.
Desde a queda de Saddam Hussein, em 2003, cujo governo dominado por sunitas combateu o Irã nos anos 1980, muitos iranianos passaram a viajar para locais sagrados em Najaf, principal centro do ramo xiita do Islamismo.
Teerã exortou o governo iraquiano a dar segurança para os peregrinos e culpou os EUA pela violência no Iraque.