Em 2017, a folia na capital federal reuniu, em seus 229 eventos, 746 mil pessoas. Durante o período, constatou-se um nível de criminalidade menor do que o ano anterior.
Por Redação, com ABr - de Brasília
O governo do Distrito Federal tem esquema de segurança unificado durante o carnaval. Este ano, pela primeira vez, o Centro Integrado de Operações de Brasília (Ciob), que antes tinha uma atuação mais esporádica, em eventos de logística mais complexa, está sendo mobilizado em caráter permanente, como núcleo principal do sistema. O novo formato de segurança visa atender um público que deve passar de 1,6 milhão de foliões, dos quais, espera-se, 25 mil sejam turistas. A programação da festa, realizada entre os dias 2 e 5 de março, compreende mais de 200 blocos de rua. De acordo com a assessoria de imprensa do governo distrital, o Ciob foi inaugurado em junho do ano passado e é formado por 20 órgãos, incluindo a Defesa Civil, a Secretaria de Cultura, forças de segurança, Metrô e Companhia Energética de Brasília (CEB). O coordenador de Operações da Subsecretaria de Operações Integradas, tenente-coronel Márcio Vasconcelos, explica que a aproximação entre as diferentes áreas proporcionará uma melhor organização das equipes. – Os órgãos trabalharão com base em três vertentes, objetivos: diminuição do tempo-resposta [de atendimento dos agentes]; otimização dos meios materiais e humanos, já que se consegue saber quem se manda e em que quantidade se manda; e, em terceiro lugar, o estabelecimento de protocolo de atuação – esclarece Vasconcelos. Ao todo, mais de 2 mil agentes compõem o efetivo da Polícia Militar. Além disso, cerca de 450 câmeras fazem o monitoramento de todo o perímetro do Distrito Federal. "As câmeras auxiliam as equipes de campo na prevenção (de crimes), porque podemos informar coisas que não conseguem ver e identificar pessoas", afirma o tenente-coronel. A cada dia, um profissional fica responsável pela operação de segurança. Além disso, caso as equipes necessitem de reforço, o Gabinete Integrado de Acompanhamento, que é acionado em situações de crise, pode ficar em estado de prontidão. Em 2017, a folia na capital federal reuniu, em seus 229 eventos, 746 mil pessoas. Durante o período, constatou-se um nível de criminalidade menor do que o ano anterior. Foram registradas 437 ocorrências, ante 562 no carnaval 2016. Embora tenham caído os números de roubo, tentativas de homicídio e tentativas de latrocínio, balanço da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal revelou um aumento nos crimes relacionados a danos ao bem público. Em outro levantamento, de 2017, a pasta divulgou que, em 74% dos roubos cometidos contra a pedestres, o alvo dos bandidos era o aparelho celular. "Deve-se manter objetos de valor em locais de difícil acesso e evitar usar bolsas com abertura virada para trás, como mochilas", recomenda Vasconcelos.