Segundo fontes próximas do caso, a modelo italiana enfrenta processos por ocultação de adulteração de testemunhas, associação criminosa relacionada à preparação de fraude judicial por parte de uma gangue organizada e tendo em vista a corrupção de funcionários judiciais libaneses.
Por Redação, com Ansa – de Roma
A atriz e cantora italiana Carla Bruni, ex-primeira-dama da França, foi intimada para um possível indiciamento no âmbito de uma investigação contra seu marido, o ex-presidente da França Nicolas Sarkozy (2007-2012), por suposto financiamento ilegal de sua candidatura vitoriosa ao Palácio do Eliseu.
Segundo fontes próximas do caso, a modelo italiana enfrenta processos por ocultação de adulteração de testemunhas, associação criminosa relacionada à preparação de fraude judicial por parte de uma gangue organizada e tendo em vista a corrupção de funcionários judiciais libaneses.
Os relatos divulgados neste sábado (29) indicam que ela poderia sair do próximo interrogatório, cuja data não foi especificada, indiciada ou “sob o estatuto mais favorável de testemunha assistida”.
Autoridades
O processo apura a mudança de versão do empresário franco-libanês Ziad Takieddine que, em 2020, afirmou ter entregado milhões de euros do ditador líbio Muammar Kadafi ao chefe de gabinete de Sarkozy. No entanto, as autoridades tentam esclarecer se pessoas do entorno de Sarkozy atuaram para que Takieddine se desmentisse.
No último dia 2 de maio, Bruni já havia sido interrogada durante 3 horas como suspeita por, possivelmente, ter servido como ponte entre os envolvidos. Na ocasião, ela tentou explicar qual era a sua relação com uma figura-chave do caso, Michèle Marchand, conhecida como Mimi, chefe da agência de paparazzi francesa BestImage.
Takieddine mudou de versão durante uma entrevista a um repórter da revista Paris Match com um fotógrafo da BestImage, afirmando que Sarkozy não havia recebido nada para sua campanha. Depois, disse que sua fala foi distorcida e reiterou as acusações.
Corrupção
Marchand foi presa por manipulação de testemunha em 2021. Na época, a ex-primeira-dama apagou todas as mensagens que havia trocado com ela, levantando as suspeitas dos investigadores.
Sarkozy, que nega todas as acusações, foi acusado de encobrir desvios de fundos, corrupção passiva e financiamento ilegal de campanha. Seu julgamento está previsto para 2025.