A ação tem como objetivo estimular nos cariocas a prática da separação, em casa, de materiais potencialmente recicláveis. O objetivo é fazer girar a roda da reciclagem, além de reforçar os roteiros da coleta seletiva.
Por Redação, com ACS - de Rio de Janeiro
A Comlurb promove neste sábado, a partir das 8h, a campanha de conscientização de incentivo à coleta seletiva na feira livre da Rua Pirauá, em Cosmos, na Zona Oeste.
A ação tem como objetivo estimular nos cariocas a prática da separação, em casa, de materiais potencialmente recicláveis. O objetivo é fazer girar a roda da reciclagem, além de reforçar os roteiros da coleta seletiva. O evento deste sábado contará com a presença do Chegando de Surpresa, grupo musical composto de garis que fazem canções sobre o descarte correto do lixo.
A campanha de incentivo à coleta seletiva ocorre desde março do ano passado. Em 2023, o foco da Comlurb foi direcionado a praças e praias, com um total de 48 ações, em pontos de grande visibilidade das Zonas Norte, Sul, Central e Oeste. Este ano, as ações estarão concentradas nas feiras livres de todas as regiões da cidade.
Durante a campanha, são distribuídos panfletos informativos e técnicos da área tiram dúvidas e orientam a população. Atualmente, o serviço de coleta seletiva da Comlurb atende a 122 bairros do Rio. Todo o material coletado é entregue para 28 cooperativas de catadores, que fazem a separação e comercializam os produtos. O lixo reciclável garante assim trabalho e renda aos cooperativados e suas famílias. Atualmente, o recolhimento porta a porta é feito uma vez por semana, em dias alternados aos da coleta domiciliar. A população pode se informar sobre o dia e o horário da coleta em cada rua no site da Comlurb.
Para que o ciclo da reciclagem obtenha êxito cada vez maior é fundamental que os moradores participem desse processo, promovendo a separação do lixo em suas residências. Sem a participação da população, o serviço de coleta seletiva se torna improdutivo.
Porto Maravalley
A prefeitura do Rio inaugurou na noite de quinta-feira o hub de inovação Porto Maravalley, que divide espaço com a nova faculdade de matemática IMPA Tech, inaugurada no início de abril. Eletrobras e Shell foram anunciadas como patrocinadoras do espaço, que já tem cerca de 20 empresas em negociação, entre grandes companhias e startups, para se instalarem no local.
O evento que marcou a abertura oficial do hub, com entrega da placa, contou com a presença do prefeito Eduardo Paes, do secretário Municipal de Desenvolvimento Urbano e Econômico (SMDUE), Chicão Bulhões, e do presidente da Invest.Rio, Alexandre Vermeulen, que estiveram à frente do projeto. Participaram também: o presidente da Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos (CCPar), que é parceira da SMDUE no empreendimento, Gustavo Guerrante, e o novo gestor do hub, Daniel Barros, diretor-presidente da Rio Energy Bay e CEO do Porto Maravalley, que assinou o contrato com a Prefeitura para administrar o local, além de representantes das empresas patrocinadoras.
Participaram ainda o diretor-adjunto do IMPA, Jorge Vitório Pereira, e o vice-presidente do Web Summit Rio, Artur Pereira, que anunciou a participação da empresa no hub.
– Aqui, temos aquilo que há de melhor no Brasil, as melhores cabeças do Brasil, gente preparada, que vai tocar aqui a economia, que não é mais do futuro, é do mundo em que vivemos. E do outro lado, a gente tem o setor privado pegando esses jovens talentos nessa interação. Essa troca, esse diálogo, essa construção, esses projetos vão permitir que a gente mude de patamar nessa cidade e, por que não dizer, no nosso país. A gente está impactando e trazendo de novo para o Rio de Janeiro um protagonismo, uma centralidade de novas ideias, de novos negócios, e a economia do país pode se utilizar disso. Tenho certeza de que esse é o melhor lugar para se viver, para se investir, para se trabalhar e para estudar matemática também – afirmou o prefeito Eduardo Paes.
Prefeitura do Rio investiu R$ 90 milhões
O Porto Maravalley tem cerca de 10 mil metros quadrados. A prefeitura do Rio investiu R$ 45 milhões na construção e na compra de equipamentos, além de mais R$ 45 milhões na aquisição de 67 apartamentos no Porto Maravilha para que sejam usados como alojamentos dos alunos do IMPA Tech. Os alunos também irão receber bolsa-auxílio.
Na área destinada ao hub terá cerca de 30 salas de 8 metros quadrados a 100 metros quadrados e um espaço de coworking, que juntos somam 600 posições de trabalho, laboratório, um auditório para 170 pessoas, um restaurante, um café, além da área comum, com uma grande arena para eventos, que faz ligação com o IMPA Tech. Reúne o conhecimento gerado por instituições de ensino e centros de pesquisas com startups, empresas inovadoras e investidores.
– Não tem nenhum projeto no Brasil que seja igual a esse, com esse tipo de junção, com educação da mais alta qualidade e os melhores da cidade vindo se instalar aqui com grandes empresas. A gente quer ter aqui esse hub fazendo projetos junto com os alunos para transformar esse conhecimento e tecnologia em desenvolvimento de fato para o Rio de Janeiro. Aqui é o coração do que a gente quer ver se espalhar pela cidade toda, o grande ponto de conexão com ótimos projetos que a gente tem para a cidade e que estavam precisando de uma casa. Essa aqui pode ser a casa – disse o secretário municipal de Desenvolvimento Urbano e Econômico, Chicão Bulhões.
As empresas interessadas em participar podem estar presentes como patrocinadoras, garantindo sala, posições de trabalho, participação em eventos e/ou naming rights de áreas no local, ou como residentes, reservando uma das salas ou posições no coworking. O importante é que tenha sinergia com o espaço e com verticais que são vocações do Rio de Janeiro em temas como energia, sustentabilidade, saúde, biotecnologia, finanças, economia criativa, turismo, dentre outras, consolidando o ecossistema de inovações e atraindo projetos e grandes empresas para criar soluções e gerar negócios na cidade.
– Este é o primeiro hub de inovação do Brasil, unindo a cidade, o governo, startups, investidores, empreendedores e empresa. Isso gera naturalmente a inovação aberta. E o CEO do hub tem obrigação de fazer a conexão entre os estudantes do Impa Tech que já estão aqui, os matemáticos, que estão estudando e fazendo pesquisa em contato com gente empreendedora, num canal aberto investidores e grandes empresas – disse o presidente da Invest.Rio, Alexandre Vermeulen.
Gestor do hub, Daniel Barros disse que, tão logo o espaço fique apto a funcionar, em maio, cerca de 110 empresas estão em negociação para começar a ocupar parte dos 600 postos.
– Nosso grande sonho é que nasça um unicórnio aqui dentro. Quem sabe um aluno do Impa empreender e a gente consegue uma empresa, um unicórnio, nascendo aqui dentro – disse Barros.
O espaço será gerido pelo consórcio Rio Energy Bay (REB), resultado de um programa do MIT REAP (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) que visa ao desenvolvimento e aceleração locais, com foco em inovação e tecnologia. Essa foi a primeira vez que uma cidade brasileira participou da iniciativa.
IMPA Tech já conta com 52 alunos e apoio do Governo Federal
O IMPA Tech, a Faculdade da Matemática do Rio, é a primeira graduação do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA). Além do investimento da prefeitura do Rio, o governo federal está investindo R$ 18,7 milhões em 2024; R$ 32,3 milhões no ano que vem; R$ 46,4 milhões no 3º ano; e R$ 60,9 milhões no 4º ano.
As aulas iniciaram no dia 2 de abril, com 52 estudantes e edital aberto para chegar a até 100 alunos ainda em 2024, com seleção pelas Olimpíadas de Matemática e pelas notas de Matemática do ENEM. O objetivo é atingir 400 alunos por ano estudando o bacharelado em Matemática da Tecnologia e Inovação. Após o ciclo básico, os alunos optam por uma das quatro ênfases: Matemática, Ciência da Computação, Ciência de Dados e Física.
Ao fim de décima ano do curso, serão 700 alunos formados. Dessa forma, com o salário médio dos profissionais dessa área, há a expectativa de o potencial da massa salarial (somatório dos salários) dos formandos no IMPA Tech no Porto Maravalley ser de R$ 220,1 milhões em 10 anos.
Evento funciona como esquenta para o Web Summit
O encontro foi um Esquenta para o Web Summit Rio, que em sua segunda edição deve atrair cerca de 40 mil pessoas por dia ao Riocentro, entre os dias 15 e 18 de abril. Um estudo realizado pela SMDUE, em parceria com a Invest.Rio – a agência de promoção e atração de investimentos da prefeitura – mostra que o impacto das seis edições do evento (de 2023 a 2028) será de R$ 1,5 bilhão.
– Desde a primeira vez, percebemos que o empreendedorismo no Rio é uma força da natureza, que muita coisa acontece na área de inovação na cidade. Vimos com muitos bons olhos o projeto do Porto Maravalley se desenrolar na cidade e mostrar uma aposta clara por parte da Prefeitura do Rio na área de tecnologia, o que só pode trazer bons resultados. O Web Summit deste ano será muito maior que o de 2023, com 600 oradores, mais de mil startups, investidores e empresas. É importante essa partilha de ideias, com as quais esperamos inspirar os jovens no setor de inovação porque acreditamos que a inovação é realmente o futuro – disse Pereira.