O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), chegou a conceder um habeas corpus preventivo que autorizou a entrada do advogado no Brasil, sem o risco de ser preso, para prestar os esclarecimentos pessoalmente. Apontado como operador de propinas da Odebrecht, Tacla Duran vive desde 2017 na Espanha.
Por Redação - de Brasília
A audiência pública com o advogado Rodrigo Tacla Duran, prevista para esta segunda-feira, na Câmara dos Deputados, foi cancelada. Ele seria ouvido na Comissão de Administração e Serviço Público sobre as denúncias que lançou contra a ‘Operação Lava Jato’. Não há nova data para a sessão.
O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), chegou a conceder um habeas corpus preventivo que autorizou a entrada do advogado no Brasil, sem o risco de ser preso, para prestar os esclarecimentos pessoalmente. Apontado como operador de propinas da Odebrecht, Tacla Duran vive desde 2017 na Espanha.
A decisão obriga o Ministério da Justiça e a Polícia Federal (PF) a garantir a ‘segurança’ e o ‘livre trânsito’ do advogado no Brasil. Toffoli também anulou provas do acordo de leniência da Odebrecht e, na prática, desidratou uma ação penal contra Tacla Duran na Lava Jato.
Nova data
O requerimento para ouvi-lo foi aprovado na forma de convite, o que significa que ele não é obrigado a comparecer. O advogado afirma ter sido alvo de uma tentativa de extorsão em troca de facilidades para clientes em acordos de delação com a força-tarefa em Curitiba. Ele sustenta que passou a ser ‘perseguido’ por não compactuar com o que chamou de uma prática ‘comercial corriqueira’.
— O que estava acontecendo não era um processo normal, era um bullying processual — acusa.
O deputado Rogério Correia (PT-MG), que pediu a oitiva, disse a jornalistas que a sessão foi adiada porque a análise de documentos para a viagem não ocorreu a tempo, pelo governo da Espanha.
— Vamos remarcar assim que liberar — concluiu.