A queda de 2023 para 2024 deverá ser puxada principalmente pelas lavouras da soja, com previsão de queda de 1,3%, ou menos 2 milhões de toneladas, e do milho, que deverá recuar 5,6%, ou menos 7,3 milhões de toneladas. Tanto a soja quanto o milho também deverão ter queda na área colhida, de 0,6% e 0,4% respectivamente.
Por Redação - do Rio de Janeiro
A safra brasileira de grãos, cereais e leguminosas tende a ficar em 308,5 milhões de toneladas em 2024, segundo a primeira estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para a produção agrícola brasileira do ano que vem. Caso o cálculo se confirme, a safra deverá ser 2,8% inferior, ou 8,8 milhões de toneladas a menos, à estimada para este ano, de 317 milhões de toneladas, segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) realizado em outubro e também divulgado nesta quinta-feira pelo IBGE.
A queda de 2023 para 2024 deverá ser puxada principalmente pelas lavouras da soja, com previsão de queda de 1,3%, ou menos 2 milhões de toneladas, e do milho, que deverá recuar 5,6%, ou menos 7,3 milhões de toneladas. Tanto a soja quanto o milho também deverão ter queda na área colhida, de 0,6% e 0,4% respectivamente.
— O excesso de chuvas na Região Sul e o tempo seco no Norte está atrasando o plantio da nova safra em algumas unidades da Federação, o que pode atrasar a colheita e, consequentemente, o plantio da segunda safra, trazendo maior insegurança climática para a mesma — explica o pesquisador do IBGE Carlos Barradas.
Lavouras
Já a cultura do arroz deverá ter alta de 2,5% na produção, com aumento de 4,5% na área colhida. Segundo o LSPA de outubro, no entanto, com uma safra de 317 milhões de toneladas neste ano, a produção agrícola deverá ser recorde, com uma alta de 20,6% em relação ao ano anterior, com crescimento na produção das lavouras de soja (27%) e milho (19,5%), mas queda no arroz (4%).
Em linha com o estudo do IBGE, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) calcula que o volume da produção brasileira de grãos deve atingir 316,7 milhões de toneladas na safra 2023/2024 com menos 4,7 milhões de toneladas ou 1,5% abaixo do registrado em 2022/23.
“O percentual de área semeada, atualmente, apresenta-se aquém do observado no mesmo período da safra anterior, devido, principalmente, ao excesso de chuvas nas Regiões Sul e Sudeste e às baixas precipitações no Centro-Oeste”, afirma a Conab, em nota distribuída nesta manhã.
Soja e milho
O balanço aponta ainda um crescimento de 0,5% sobre a área cultivada, passando para 78,9 milhões de hectares. Além das culturas de primeira safra, cujo plantio se estende até dezembro, a área prevista abrange as culturas de segunda e terceira safras e as de inverno, com plantios encerrando em junho.
De acordo com o boletim, a soja deve atingir uma produção estimada em 162,4 milhões de toneladas – um crescimento de 2,8% na área a ser semeada, “o que ainda consolida o Brasil como o maior produtor mundial da oleaginosa”.
Quanto ao milho, houve redução de 5% na área total a ser cultivada, calculada em 21,1 milhões de hectares, com produção prevista de 119,1 milhões de toneladas.
Algodão
Já para o algodão, é esperado um crescimento de 4,2% na área a ser semeada, em um total de 1,73 milhão de hectares, e produção de pluma em 3,04 milhões de toneladas.
Arroz e feijão
No caso do arroz, há expectativa de crescimento de 5,2% na área que está sendo semeada e produção de 10,8 milhões de toneladas. O mesmo vale para o feijão, com crescimento previsto de 3,3% na área total a ser semeada com as três safras, estimada em 2,8 milhões de hectares, e com a produção total no país de 3,1 milhões de toneladas.