Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Butantan conclui experimento de massa ao vacinar uma cidade inteira

Arquivado em:
Domingo, 11 de Abril de 2021 às 14:56, por: CdB

Serrana, cidade do interior de São Paulo, tem 45,6 mil habitantes e teve a população alvo da vacinação, cerca de 28 mil pessoas, totalmente vacinada até o final deste domingo. O último grupo a receber a segunda dose da vacina é o chamado Grupo Azul.

Por Redação - de São Paulo

Neste domingo, um estudo do Instituto Butantan deve concluir a fase de vacinação em massa na cidade de Serrana, no interior de São Paulo, para avaliar o impacto da vacina contra a covid-19 e também sobre a transmissão do vírus. O chamado Projeto S, do Butantan, analisa a eficácia da vacina chinesa CoronaVac em impedir a transmissão do novo coronavírus, além do impacto sobre as mortes causadas pela covid-19.

vacina-serrana.jpg
Moradores de Serrana, no interior paulista, receberam as duas doses da CoronaVac, em um experimento do Butantan

A cidade do interior de São Paulo tem 45,6 mil habitantes e teve a população alvo da vacinação, cerca de 28 mil pessoas, totalmente vacinada no final deste domingo. O último grupo a receber a segunda dose da vacina é o chamado Grupo Azul. Após a conclusão, uma cerimônia encerrou a fase do estudo com a presença do diretor do Butantan, Dimas Covas.

As pessoas vacinadas no estudo serão monitoradas ao longo de um ano utilizando uma inteligência artificial em parceria com o WhatsApp. A expectativa é que resultados preliminares estejam disponíveis em maio deste ano.

Censo local

Profissionais de saúde da cidade já dizem sentir queda nas hospitalizações e no surgimento de casos graves. Os profissionais, no entanto, ainda não associam a mudança à vacinação. Em 2020, a cidade chegou a preocupar as autoridades por apresentar níveis altos de transmissão em inquérito sorológico, e foi escolhida pela baixa população. Ainda no ano passado a cidade realizou um censo local para preparar a população para o estudo do Butantan.

Além da queda nas mortes e na transmissão, o estudo busca observar possível redução na carga de doença, adesão da população à vacinação, ferramentas de combate a epidemias e também a interação da vacina com a variante brasileira do novo coronavírus, a P1.

Nos demais Estados brasileiros, a vacinação continua abaixo da expectativa. Apesar de ser um dos países que mais aplicou doses, a vacinação ainda está longe de alcançar a quantidade de pessoas necessárias para garantir a imunização. O Brasil é atualmente o 57º país em quantidade de doses aplicadas a cada 100 mil habitantes, conforme dados do site Our World in Data.

Segundo levantamento do consórcio dos veículos de imprensa, o país vacinou 23.077.025 de pessoas com pelo menos a primeira dose de uma vacina contra o novo coronavírus, o equivalente a 10,9% da população. Já o número de pessoas que tomou a segunda dose é de 6.978.834, o que equivale a 3,3% dos brasileiros.

Edições digital e impressa
 
 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo