Os dirigentes de oito países europeus assinaram uma carta comum para publicação na edição de quinta-feira do jornal londrino The Times, pedindo à Europa que apoie os Estados Unidos em seu esforço para desarmar o Iraque. França e Alemanha, que já se pronunciaram vigorosamente contra uma ação militar unilateral dos Estados Unidos, e defenderam a prorrogação do trabalho dos inspetores de armas, não assinaram a carta de apoio a Washington. No texto, os líderes da Grã-Bretanha, Espanha, Itália, Portugal, Hungria, Dinamarca, Polônia e República Tcheca alertam que a credibilidade da ONU está em jogo nesta crise. "Nossa força reside na unidade", diz a carta, acrescentando que o informe dos inspetores de desarmamento da ONU, divulgado na segunda-feira, confirma o comportamento do presidente iraquiano, Saddam Hussein, de não demonstrar empenho em promover o desarmamento do país. Segundo os signatários da carta, a conduta do líder iraquiano é "mentirosa, de negação e de rejeição para se submeter às advertências". Os signatários da carta ressalta que os atentados de 11 de setembro de 2001 mostram como os terroristas podem ir longe . "A relação transatlântica não deve converter-se em vítima das persistentes tentativas do atual regime iraquiano de ameaçar a segurança mundial", disse o comunicado, ressaltando que, agora, mais que nunca, é vital preservar a unidade e a coesão. "Sabemos que o êxito na batalha do dia a dia contra o terorismo e a proliferação de armas de destruição em massa exigem uma determinação férrea e uma coesão internacional firme da parte de todos os países para os quais a liberdade é algo precioso". O texto está assinado pelos primeiros-ministros britânico, Tony Blair; italiano, Silvio Berlusconi; espanhol, José María Aznar; português, José Manuel Barroso; húngaro, Peter Medgyessy; polonês, Leszek Miller; dinamarquês, Anders Fogh Rasmussen, e pelo presidente checo, Vaclav Havel.
Bush e seus oito mercenários
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Sexta, 31 de Janeiro de 2003 às 10:47, por: CdB