Desde a primeira observação da fusão de buracos negros em 2015, os astrofísicos têm sido surpreendidos por suas grandes massas. Eles inicialmente esperavam que os buracos negros teriam massas inferiores a cerca de 40 vezes a do Sol, escreve SciTechDaily.
Por Redação, com Sputnik - de Washington
Nos últimos seis anos, observatórios de ondas gravitacionais têm detectado fusões de buracos negros, comprovando a previsão da teoria da relatividade geral de Albert Einstein. Além disso, a relatividade geral é a base dos atuais modelos cosmológicos de um Universo sempre em expansão.
Desde a primeira observação da fusão de buracos negros em 2015, os astrofísicos têm sido surpreendidos por suas grandes massas. Eles inicialmente esperavam que os buracos negros teriam massas inferiores a cerca de 40 vezes a do Sol, escreve SciTechDaily.
No entanto, observatórios LIGO e Virgo detectaram muitos buracos negros com massas superiores a 50 massas solares, até mesmo alguns com cerca de 100 massas solares.
Novo estudo publicado no Astrophysical Journal Letters é o primeiro a mostrar que massas de buracos negros grandes e pequenas podem resultar de um único caminho em que os buracos negros ganham massa com a expansão do próprio Universo.
Astrônomos costumam modelar buracos negros dentro de um Universo não-expansível. "É uma suposição que simplifica as equações de Albert Einstein porque um Universo que não expande tem muito menos (fenômenos) para monitorar", disse o professor Kevin Croker, astrônomo do Departamento de Física e Astronomia da Universidade do Havaí em Manoa.
Porque os eventos individuais detectáveis pelos LIGO e Virgo duram apenas alguns segundos, ao analisar qualquer evento isolado, essa simplificação é sensata. Mas as fusões podem potencialmente demorar bilhões de anos. Durante o tempo entre a formação de um par de buracos negros e sua fusão posterior, o Universo cresce profundamente.
Se os aspetos mais sutis da teoria de Einstein forem cuidadosamente ponderados, então surge uma possibilidade espantosa: as massas de buracos negros poderiam crescer em sintonia com o Universo, um fenômeno que o professor Croker e colegas chamam de "acoplamento cosmológico".