Domingo, 06 de Novembro de 2022 às 12:57, por: CdB
Gaia BH1, como foi batizado o objeto, pesa 10 vezes a massa do nosso Sol; além de ser um dos vizinhos mais próximos. O fenômeno possui uma característica curiosa: ele está bem perto de uma estrela também semelhante à nossa.
Por Redação, com agências internacionais - de Los Angeles, CA-EUA
Astrônomos situados no telescópio Gemini North, no Havaí (EUA), e que operam o satélite europeu Gaia confirmaram, neste domingo, a descoberta do buraco negro mais próximo da Terra. O corpo celeste encontra-se a 1,6 mil anos-luz, ou 14,4 quatriliões de quilômetros de distância, sem oferecer risco algum ao nosso planeta, mesmo porque permanece inerte há milhões de anos.
Tanta distância pode parecer e, na realidade, é muito longe daqui, uma vez que até chegar nas proximidades do buraco negro seria necessário viajar por aproximadamente 1,6 mil anos a 299.792,458 km por segundo, a velocidade da luz. Na na escala gigantesca do Universo, porém, pode-se dizer que o ‘devorador de mundos’ está no nosso "quintal cósmico", na constelação de Ophiuchus, segundo comunicado do observatório.
Gaia BH1, como foi batizado o objeto, pesa 10 vezes a massa do nosso Sol; além de ser um dos vizinhos mais próximos. O fenômeno possui uma característica curiosa: ele está bem perto de uma estrela também semelhante à nossa.
Atração
Um buraco negro, no entanto, é uma espécie de abismo cósmico que suga para si tudo o que se aproxima a uma certa distância. Como a atração gravitacional desses corpos é extremamente forte, nem mesmo a luz escapa da atração por esses objetos. No caso de Gaia BH1, porém, a estrela vizinha permanece intacta, uma vez que o buraco negro está completamente dormente.
Devido à sua inatividade, os pesquisadores tiveram grande dificuldade para identificá-lo. Embora existam provavelmente milhões de buracos negros vagando pela nossa Via Láctea, apenas alguns poucos foram detectados interagindo nesses sistemas estelares binários, quando um sistema é composto por dois corpos celestes.
A proximidade da Terra, segundo os cientistas, oferece um novo alvo para aprofundar o conhecimento sobre estes corpos celestes, ainda muito pouco compreendidos. Recentemente houve outro anúncio de um buraco negro muito mais próximo, mas a seguir outra equipe mostrou que aquele "buraco negro mais perto de nós" não existia.