Brasileiros sobem hashtag "Bolsonaro Miserable" no Twitter
Um dia depois dos ataques de Jair Bolsonaro à ex-presidente do Chile e alta comissária da ONU para direitos humanos, Michelle Bachelet, os brasileiros foram ao Twitter para pedir desculpas à chilena e dizer que não se sentem representados pelo presidente eleito.
A hashtag usada pelos brasileiros entrou para o Top 3 dos assuntos mais comentados na rede social.
Por Redação, com Sputnik - do Rio de Janeiro
Um dia depois dos ataques de Jair Bolsonaro à ex-presidente do Chile e alta comissária da ONU para direitos humanos, Michelle Bachelet, os brasileiros foram ao Twitter para pedir desculpas à chilena e dizer que não se sentem representados pelo presidente do Brasil.
Michelle Bachelet, ex-presidente do Chile, foi atacada por Jair Bolsonaro na quarta-feira
Na quarta-feira, em entrevista coletiva em Genebra, a alta comissária da ONU para direitos humanos acentuou que é observada "uma redução do espaço cívico e democrático, caracterizado contra defensores dos direitos humanos", lamentou a proposta brasileira de facilitar o porte de armas e criticou o discurso de autoridades brasileiras que colocaria "agentes do Estado acima da lei".
O presidente do Brasil não deixou de revidar e disse que "se não fosse o pessoal de Pinochet derrotar a esquerda em 1973, entre eles o pai [de Bachelet], hoje o Chile seria uma Cuba". Jair Bolsonaro ainda disse que Bachelet "está defendendo direitos humanos de vagabundos".
O posicionamento do presidente do Brasil desagradou muitos conterrâneos, que decidiram pedir desculpas à ex-presidente do Chile com uma hashtag: # BolsonaroMiserable, que significa Bolsonaro miserável.
Internautas não conseguem entender por que Bolsonaro "tem que meter pai no meio" de discussões.
"Ele não representa a opinião do povo brasileiro", escreveu internauta em pedido de desculpas.
A hashtag entrou para o Top 3 dos assuntos mais comentados do Twitter.
Brigitte Macron
Em agosto, os brasileiros recorreram à mesa rede social para pedir desculpas pelos comentários machistas de Bolsonaro à primeira-dama francesa, Brigitte Macron. A hashtag usada foi #PardonBrigitt. Na época, o mandatário neofascista escreveu um post no Facebook que comparava a aparência de sua esposa Michelle, 37, com a esposa de 66 anos de Macron, Brigitte.
– Não humilha cara. Kkkkkk – escreveu Bolsonaro em um comentário amplamente criticado como sexista.
Questionado sobre o incidente em uma entrevista coletiva em Biarritz, onde os líderes do G7 estão reunidos para uma cúpula, Macron disse que os comentários são “extremamente desrespeitosos” para com sua esposa.
– As mulheres brasileiras provavelmente estão com vergonha de seu presidente.