A brasileira disse que não premeditou o crime e viu uma oportunidade para matar o italiano, durante o ritual de magia, já que sofria "constante violência física e psicológica" no relacionamento.
Por Redação, com Ansa - de Maceió
A alagoana Cléa Fernanda Máximo da Silva, que confessara na última segunda-feira ter assassinado seu namorado, o advogado italiano Carlo Cicchelli, declarou em depoimento à polícia o real motivo do crime. Ela alega ter sido motivada por um ritual de magia do qual fora obrigada a participar.
A brasileira disse que não premeditou o crime e viu uma oportunidade para matá-lo, já que sofria "constante violência física e psicológica" no relacionamento. Cicchelli morava com Cléa no bairro de Ponta Grossa, em Maceió (AL). A mulher admitiu ter cometido o crime há quase um mês. O corpo do italiano já estava em avançado estado de decomposição quando foi encontrado pela polícia.
Mau cheiro
A delegada responsável pelo inquérito, Rosimeire Vieira, conta que, na versão de Cléa, ela teria sido alvo de agressões físicas por parte da vítima. Ele havia pedido para que ela o amarrasse, durante a prática de rituais de magia negra. Nesse momento, a brasileira encontrou a melhor ocasião para assassina-lo.
Cicchelli teria ficado no quarto onde aconteceu o crime por dois dias, até Cléa esconder o cadáver em outro cômodo, envolto em sacos plásticos. Ela diz ter usado produtos para amenizar o mau cheiro, como perfume, carvão e outras substâncias que disfarçam o mau cheiro.
Investigação
Como o corpo foi encontrado em avançado estado de decomposição, não foi possível indicar as lesões que levaram à morte do advogado, e somente uma perícia do Instituto Médico Legal (IML) poderá definir a causa da morte.
O inquérito deve ajudar a Polícia Civil a descobrir se essa realmente foi a motivação do crime, ou se houve algum tipo de interesse financeiro, já que Cléa teria pedido dinheiro à família do italiano pelo celular do próprio Cicchelli depois de tê-lo matado.
Nos próximos dias, familiares e outras pessoas que podem ajudar na investigação serão ouvidas.