Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Brasil quer ampliar a venda de ‘papéis verdes’, dentro e fora do país

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Terça, 19 de Março de 2024 às 20:24, por: CdB

A demanda por esses papéis surgiu em uma rodada de apresentações (roadshow) que o órgão fez a investidores antes de lançar os títulos em dólar. As perguntas dos investidores à área da dívida pública continuaram depois da emissão em dólar.


Por Redação, com Bloomberg - de Brasília

O Tesouro Nacional pretende ampliar as emissões de títulos sustentáveis no mercado internacional e estuda a viabilidade de fazer o primeiro lançamento dos chamados ‘papéis verdes’ (também conhecidos como ‘green bonds’) no mercado doméstico.

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Pesquisa do Tesouro Nacional mostra que há interesse no financiamento de práticas sustentáveis


Os títulos verdes têm o selo de boas práticas nas áreas ambiental, social e de governança, mais conhecidas pela sigla ESG. Após a primeira captação do governo brasileiro de títulos verdes no mercado internacional, realizada em novembro passado, o Tesouro detectou uma demanda crescente dos investidores por esses papéis em real.

Seriam títulos com prazos de vencimento mais longos, que são adquiridos não só por brasileiros, mas também por investidores estrangeiros. Eles podem comprar esse título para formar fundos de investimentos dedicados às práticas ESG. Uma das possibilidades é que sejam NTN-Fs, títulos prefixados (com taxas definidas na hora do leilão) que já costumam ter a preferência dos não residentes.

 

Dívida pública


A vantagem de lançar um papel sustentável no mercado doméstico é que as taxas de juros de remuneração do investidor que forem obtidas pelo Tesouro servirão como referência para a emissão doméstica de títulos verdes por empresas instaladas no Brasil — uma vez que as captações externas têm custo operacional mais elevado e acabam sendo usadas apenas por grandes companhias.

A demanda por esses papéis surgiu em uma rodada de apresentações (roadshow) que o órgão fez a investidores antes de lançar os títulos em dólar. As perguntas dos investidores à área da dívida pública continuaram depois da emissão em dólar.

A agenda da sustentabilidade é uma das prioridades do ministro Fernando Haddad (Fazenda), que lançou o Plano de Transformação Ecológica.

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