A pesquisa mostra, ainda, que a alta dos preços impacta de forma mais severa famílias lideradas por mulheres com renda de até um salário mínimo. “Núcleos familiares que habitam regiões em que a percentagem da população negra é superior à média municipal, hoje de 37%, também sofrem mais”, revela a pesquisa divulgada nesta segunda-feira.
Por Redação - de São Paulo
O preço do botijão de gás de cozinha chega a comprometer em até 11% a renda das famílias mais pobres da cidade de São Paulo, segundo estudo realizado pelo Instituto Pólis, do dia que levantou preços em 337 pontos de revenda da capital. O levantamento foi publicado nesta segunda-feira, pela colunista Monica Bergamo, do diário conservador paulistano Folha de S. Paulo (FSP).
“Em uma casa com orçamento mensal de cinco salários mínimos, por exemplo, a fatia correspondente ao gás representaria entre 1,6% e 2,4% da renda —ou até dez vezes menos do que o custo do botijão para uma família que vive com meio salário mínimo”, relata.
Salário mínimo
A pesquisa mostra, ainda, que a alta dos preços impacta de forma mais severa famílias lideradas por mulheres com renda de até um salário mínimo. “Núcleos familiares que habitam regiões em que a percentagem da população negra é superior à média municipal, hoje de 37%, também sofrem mais”, acrescenta.
— A pesquisa mostra que a fonte de energia mais importante para a alimentação de famílias em domicílios urbanos é, desproporcionalmente, mais onerosa para a população em situação de maior vulnerabilidade — resumiu à FSP a coordenadora-geral do Instituto Pólis, Danielle Klintowitz.