Um dos médicos afirmou que o bombardeio, que atingiu a escola Safad, tinha como alvo “uma sala usada pela polícia”. No entanto, o exército israelense nega e afirma que o objetivo era atingir “terroristas do Hamas.
Por Redação, com ANSA e Reuters – de Gaza
Ao menos 11 pessoas morreram e diversas ficaram feridas durante um ataque aéreo de Israel a uma escola que abrigava deslocados pelo conflito na Cidade de Gaza.
A informação foi dada nesta segunda-feira ao jornal britânico The Guardian por profissionais da saúde locais.
Um dos médicos afirmou que o bombardeio, que atingiu a escola Safad, tinha como alvo “uma sala usada pela polícia”. No entanto, o exército israelense nega e afirma que o objetivo era atingir “terroristas do Hamas que atuavam em um centro de controle em uma área ocupada” pelo colégio.
No próximo 7 de outubro, o conflito na Faixa de Gaza entre o grupo fundamentalista Hamas e Israel completará um ano. A guerra teve início quando os árabes atacaram os israelenses, deixando 1,2 mil mortos na ocasião.
Segundo o Hamas, até o momento, mais de 40 mil palestinos perderam a vida no conflito.
Forças de Israel matam dezenas de pessoas
As forças israelenses mataram ao menos 48 palestinos nas últimas 24 horas em toda a Faixa de Gaza na luta contra militantes liderados pelo Hamas, disseram autoridades palestinas na segunda-feira, conforme médicos realizavam um segundo dia de vacinação contra a poliomielite para crianças no enclave.
Autoridades palestinas e da ONU disseram que mais de 80 mil crianças foram vacinadas em áreas centrais de Gaza no domingo, o primeiro dia da campanha.
Hamas e Israel concordaram em fazer breves pausas nos combates para permitir que a campanha de vacinação de cerca de 640 mil crianças fosse levada adiante. Não foram registradas violações perto das instalações de vacinação.
Sete palestinos foram mortos em dois ataques aéreos israelenses na Cidade de Gaza, disseram autoridades palestinas na segunda-feira, enquanto dois ataques aéreos mataram outros seis em Bureij e Nuseirat, dois dos oito campos de refugiados históricos da Faixa de Gaza.
Não houve comentário imediato dos militares israelenses.
Os braços armados do Hamas e da Jihad Islâmica disseram que os combatentes confrontaram as forças israelenses no norte, no sul e em algumas áreas centrais de Gaza com foguetes antitanque e morteiros.
A UNRWA, agência de refugiados palestinos da ONU, repetiu seu apelo nesta segunda-feira por um cessar-fogo imediato para ajudar a garantir uma campanha de vacinação contra a pólio bem-sucedida e segura.
“Apenas no primeiro dia, as equipes e parceiros da UNRWA alcançaram cerca de 87 mil crianças, de acordo com a OMS. Os esforços estão em andamento para fornecer às crianças essa vacina essencial, mas o que elas mais precisam é de um cessar-fogo imediato”, disse na plataforma de mídia social X.
Israel e Hamas continuaram a trocar acusações pelo fracasso em concluir um cessar-fogo, que acabaria com a guerra e permitiria a libertação de reféns israelenses e estrangeiros mantidos em Gaza e de muitos palestinos presos em Israel.
Vacinação
Nesta segunda-feira, os pais levaram seus bebês para serem vacinados em instalações médicas. A Organização Mundial da Saúde afirma que a queda na vacinação de rotina nos Territórios Palestinos Ocupados, incluindo Gaza, contribuiu para o ressurgimento da poliomielite na área.
A OMS confirmou no mês passado que um bebê ficou parcialmente paralisado pelo vírus da pólio tipo 2, o primeiro caso desse tipo no território em 25 anos.
Os palestinos dizem que um dos principais motivos para o retorno da pólio é o colapso do sistema de saúde e a destruição da maioria dos hospitais na Faixa de Gaza. Israel acusa o Hamas de usar os hospitais para fins militares, o que o grupo islâmico nega.