Por WhatsApp, Bolsonaro enviou mensagem de áudio em que parabeniza os apoiadores de Volta Redonda, no Sul do Estado do Rio de Janeiro. Os manifestantes foram às ruas, na manifestação neofascista, apesar do risco de aumentar propagação do coronavírus na cidade.
Por Redação - de Brasília
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a mentir, nesta segunda-feira, sobre sua liderança na convocação das manifestações que pediram o fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF), neste domingo. Embora ele tenha dito que não tem "poder de impedir o povo de fazer nada", referindo-se aos protestos neofascistas, que pregaram um novo golpe de Estado, no país, foi traído por seu próprio discurso.
Por WhatsApp, Bolsonaro enviou mensagem de áudio em que parabeniza os apoiadores de Volta Redonda, no Sul do Estado do Rio de Janeiro. Os manifestantes foram às ruas, na manifestação neofascista, apesar do risco de aumentar propagação do coronavírus na cidade, que já tem caso suspeito. A prefeitura havia pedido suspensão de eventos com aglomerações.
“Olá, amigos de Volta Redonda, aqui é o presidente Jair Bolsonaro. Quero parabenizar todos vocês, que de forma espontânea estão nas ruas, lutando por um Brasil melhor. É um movimento que sai da alma do povo e que visa mostrar para todo o Brasil que nós, do poder Executivo, do poder Legislativo e do poder Judiciário, devemos lealdade absoluta aos interesses do povo brasileiro. É um movimento que é não contra as instituições, é a favor do nosso Brasil. Então, (a)os amigos de Volta Redonda, meus parabéns a todos vocês. Está em nossa alma, né? Está em nossa garganta aquele grito de sempre, Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”, diz Bolsonaro no áudio.
Redes sociais
Em entrevista a uma rádio paulista, Bolsonaro chegou a negar o protesto.
— Não tenho poder de impedir o povo de fazer nada. Não houve protesto nenhum. Eles estavam, em grande parte, fazendo um movimento pelo Brasil, ponto final. Não convoquei ninguém para ir — afirmou.
Embora tenha dito que não influenciou na convocação das manifestações, Bolsonaro usou suas redes para estimular os atos e, no domingo, na porta do Palácio do Planalto, cumprimentou simpatizantes e chegou a manusear celulares.
— Se eu me contaminei, isso é responsabilidade minha. Ninguém tem nada a ver com isso — concluiu.