Os encontros, que não constaram nas agendas públicas de Bolsonaro ou de qualquer dos militares presentes, estavam nos registros de Jonathas Diniz Vieira Coelho, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
Por Redação - de Brasília
Mensagens de ex-ajudantes de ordens de Jair Bolsonaro (PL) obtidas pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro (8/1) revelaram que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) manteve ao menos três reuniões secretas com militares do Alto Comando, nos dias seguintes à sua derrota para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nas eleições de 2022.
Os encontros, que não constaram nas agendas públicas de Bolsonaro ou de qualquer dos militares presentes, estavam nos registros de Jonathas Diniz Vieira Coelho, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, segundo apurou o diário brasiliense Metrópoles, em sua edição desta terça-feira.
A primeira reunião, segundo os registros vazados ao jornal, aconteceu no Palácio do Alvorada no dia 1º de novembro de 2022. Nela, estiveram presentes, além do próprio ex-presidente, os três Comandantes de Força: Marco Antônio Freire Gomes, Garnier Santos e Carlos de Almeida Baptista Junior, chefes, respectivamente, do Exército, da Marinha e Aeronáutica.
Sem registro
Um segundo encontro ocorreu já no dia seguinte, 2 de novembro, com os comandantes do Exército e Marinha; além do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e também não teve qualquer registro oficial.
No dia 14 seguinte, Bolsonaro voltou a reunir-se, secretamente, com os chefes militares. Nesta terceira reunião, estiveram presentes, novamente, Braga Netto e os ministros da Defesa, Justiça e o Advogado-Geral da União; além do almirante Flávio Rocha, ex-secretário especial da Presidência. Como se trataram de ‘agendas privadas’, o tema dos encontros não foram registrados.