Figuras carimbadas da extrema direita brasileira, como o governador paulista, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o prefeito da cidade, Ricardo Nunes (União Brasil); além de deputados e senadores, estiveram no local.
Por Redação - de São Paulo
O ato público convocado por Jair Bolsonaro (PL), investigado por sua liderança na tentativa frustrada de um golpe de Estado, no 8 de Janeiro, ocupou boa parte da Avenida Paulista, na tarde deste domingo. Em um carro de som, o ex-mandatário neofascista, a mulher dele, governadores ligados à direita e parlamentares radicais, discursaram para o público que, a pedido, não compareceu com faixas de apoio à volta da ditadura.
Seguranças
Figuras carimbadas da extrema direita brasileira, como o governador paulista, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o prefeito da cidade, Ricardo Nunes (União Brasil); além de deputados e senadores, estiveram no local. O pastor Silas Malafaia, que diz ter financiado o evento, também esteve presente.
Em seu breve discurso, no encerramento da manifestação, Bolsonaro arrependeu-se das constantes ameaças ao Estado democrático e de direito ao afirmar que sempre jogou “dentro das quatro linhas da Constituição”. O radical de ultradireita também disse que não teve nada a ver com o quebra-quebra na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
Os apoiadores do ex-presidente começaram a aparecer na Avenida Paulista no final da manhã vestindo majoritariamente camisas amarelas e da seleção brasileira de futebol. Muitos carregavam bandeiras de Israel. O volume maior de pessoas ocupou a região do Museu de Arte de São Paulo (Masp). Bolsonaro chegou por volta das 15h, pendurado na porta de traz de um carro cheio de seguranças.
Condicional
Já o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar da Costa Neto, foi um dos primeiros a falar, ainda antes da chegada de Bolsonaro. Ele também é alvo de investigação da PF e no início de fevereiro foi preso em flagrante por porte irregular de arma e posse de uma pepita de ouro oriunda de garimpo. Valdemar da Costa Neto foi colocado em liberdade condicional dias depois, sendo uma das condições não falar com Bolsonaro. Precisou sair rápido dali, antes da chegada do ex-presidente.
Nas redes sociais, o deputado federal Guilherme Boulos, candidato do PSOL nas eleições municipais de São Paulo, criticou a presença do prefeito Ricardo Nunes no ato dos extremistas.
“Enquanto nós defendemos com unhas e dentes a democracia, outros não perdem oportunidade de atentar contra ela, se aliando ao pior que existe na política brasileira. É do lado dessa gente que você quer estar?”, questionou Boulos.