Às 17h19, o Ibovespa avançava 1,57%, chegando aos 119.564,44 pontos, e a moeda norte-americana era cotada a R$ 5,3638, com queda de 0,71%. Contribuía para a alta do Ibovespa a valorização do petróleo no mercado internacional superior a 1% e do minério de ferro (1,95%), no porto chinês de Qingdao
Por Redação - de São Paulo
Com a ajuda externa, o Ibovespa, principal índice da B3, a Bolsa de Valores de São Paulo, chegou ao final do pregão, nesta quarta-feira, de volta aos 119 mil pontos, patamar que havia deixado para trás, na véspera, ao regredir de volta aos 117 mil pontos. O dólar, por sua vez, no mesmo horário, permanecia em queda e chegou a ser cotado a R$ 5,36, próximo ao fechamento.
Às 17h19, o Ibovespa avançava 1,57%, chegando aos 119.564,44 pontos, e a moeda norte-americana era cotada a R$ 5,3638, com queda de 0,71%. Contribuía para a alta do Ibovespa a valorização do petróleo no mercado internacional superior a 1% e do minério de ferro (1,95%), no porto chinês de Qingdao, que voltou a ser negociado após três dias de feriado na China.
No Brasil, o mercado financeiro acompanha o último dia de reunião de Copom, que, segundo analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, deve aumentar a taxa básica de juros em 0,75 ponto porcentual, para 3,50% ao ano.
Vacinação
O Banco Central ainda deve se deparar com dados mistos da atividade econômica. Por exemplo, o IBGE informou nesta quarta que a produção industrial caiu 2,4% em março, no segundo mês seguindo de queda, com a piora da pandemia.
O número reforça que o quadro de incertezas em relação à retomada econômica ainda persiste. Ao comentar o balanço do Bradesco do primeiro trimestre, o presidente do banco, Octavio de Lazari, reafirmou que o desempeno da economia brasileira depende da aceleração da vacinação contra a covid-19. As ações do Bradesco tinham queda, enquanto Itaú PN e Unit de Santander tentavam alta.
Do noticiário corporativo, destaque ainda para a informação de que um grupo de empresas estrangeiras pede que o Brasil rejeite o projeto de lei da regularização fundiária, que, segundo elas, pode contribuir para aumentar o desmatamento na Amazônia.
Moody’s
A alta nas ações da B3 e o comportamento mais recatado do dólar, no entanto, não refletiam a opinião de uma das maiores agências de risco. A realidade, que mostra o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano mais fraco do que esperado, somado a novas medidas de exceção nos gastos - caso a vacinação contra a covid-19 não seja acelerada e a crise sanitária atual permaneça -, tende a influir, fortemente, na nota de crédito do país medida pela agência Moody’s.
Segundo o vice-presidente da agência, Samar Maziad, em entrevista exclusiva ao diário conservador paulistano O Estado de S. Paulo (OESP), nesta manhã, a Moody's estima crescimento de 3% para o Brasil, até o fim do ano.
Dados fiscais
Samar acrescentou que “as exceções no teto de gastos adotadas pelo governo federal no Orçamento de 2021 colocaram em dúvida a credibilidade do mecanismo como âncora fiscal de longo prazo do País e é necessário verificar se esse tipo de recurso será repetido mais à frente”, segundo o OESP.
— Com a introdução de exceções, qual é a propósito do teto? — questionou o executivo.
Samar pontua, ainda, que o governo está comprometido com a sustentabilidade fiscal, uma vez que aprovou junto ao Congresso a emenda constitucional que permite adoção de medidas no futuro para conter despesas, como congelamento de salários e de contratações de servidores. O economista, no entanto, pondera que foi também este ano que ficaram definidas as exceções relativas a despesas com a pandemia e extensão de medidas fiscais de apoio emergencial.