A 12ª edição da Bienal do Livro do Rio de Janeiro, concluída neste domingo, atingiu uma série de recordes. Foram 630 mil visitantes em 11 dias, 2,3 milhões de unidades vendidas e R$ 41,5 milhões movimentados em negócios.
O número de visitantes superou em mais de 32% o resultado da Bienal de 2003, quando 560 mil pessoas passaram pelos estandes montados no Riocentro (Zona Oeste do Rio de Janeiro). Só neste sábado, penúltimo dia do evento, o público atingiu a marca de 80 mil pessoas - novo recorde para um dia de feira.
No campo dos negócios, o resultado de vendas foi 44% superior ao de 2003 e o faturamento ficou 17% acima da marca da última edição.
O público que mais visitou o evento foi o da faixa etária entre 15 e 24 anos - 45% do total de visitantes. Em 2003, os jovens dessa mesma faixa de idade responderam por 30% do público total. O tempo médio de permanência dos visitantes na Bienal aumentou de 3h (em 2003) para 4h.
A empresa de eventos organizadora da Bienal divulgou que as mulheres responderam pela maioria do público - 59%, contra 41% de homens. O levantamento mostra ainda que o total de visitantes com 2º grau completo e 3º grau incompleto passou de 39%, em 2003, pra 46%.
Das 630 mil pessoas que passaram pelo Riocentro ao longo dos 11 dias de evento, 170 mil foram estudantes da visitação escolar. Eles compraram uma média de 2,1 livros por pessoa, ao preço médio de R$ 4,50. Dos 460 mil visitantes restantes, 81% compraram livros na Bienal - uma média de cinco livros por pessoa, ao preço médio de R$ 17,74 (segundo dados computados até esta sexta-feira, dia 20).
A Bienal, organizada pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), foi a plataforma de lançamento de quase mil novos títulos no mercado.
- Os resultados superaram nossas expectativas. Estamos felizes com a realização desse evento, que contribui para aumentar a auto-estima dos moradores do Rio. Conseguimos atingir nosso objetivo de ampliar a oferta de eventos aos visitantes, com opções para todos os públicos - afirmou Paulo Rocco, presidente do SNEL.
Além da feira, que contou com 944 expositores, o evento se transformou em uma festa literária, com a participação de 230 escritores, a maioria brasileiros. Entre os 21 autores estrangeiros que estiveram na Bienal, os mais badalados foram o americano Tom Wolfe e os franceses Gilles Lapouge, Jean-Christophe Rufin, Lolita Pille e Marc Levy.
Rosa Maria Barboza de Araújo, coordenadora da programação cultural da Bienal do Livro, ressaltou a importância da diversidade da programação, que este ano contou com 95 diferentes sessões e novos espaços.
- Tivemos atrações para as mais diferentes 'tribos', com destaque para a presença dos jovens. A francesa Lolita Pille, que abriu o Café Literário no dia 12 de maio, lotou o espaço com adolescentes de 13 a 17 anos - comentou.
13ª edição da Bienal do Livro do Rio de Janeiro já tem data marcada: 17 a 27 de maio de 2007.
- O presidente do Riocentro, Wagner Siqueira, nos garantiu a data e afirmou que as obras para o Pan-Americano trarão benefícios para a Bienal - disse Arthur Repsold, presidente da Fagga, empresa que organiza o evento junto com o SNEL.
Bienal do Livro do Rio termina com recorde de público e vendas
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Domingo, 22 de Maio de 2005 às 21:22, por: CdB