Além de Albuquerque, o colegiado também apurava a conduta de outras duas pessoas, que foram absorvidas.
Por Redação – de Brasília
A Comissão de Ética Pública da Presidência da República aplicou, nesta segunda-feira, uma sanção de “censura ética” ao almirante Bento Albuquerque, ex-ministro das Minas e Energia no governo de Jair Bolsonaro (PL), no caso das joias sauditas presenteadas ao ex-mandatário neofascista Jair Bolsonaro (PL).

Além de Albuquerque, o colegiado também apurava a conduta de outras duas pessoas, que foram absorvidas. São elas: Júlio César Vieira Gomes, ex-secretário da Receita Federal; e Marcelo da Silva Vieira, ex-chefe adjunto do gabinete de documentação histórica.
É de responsabilidade da Comissão de Ética Pública apurar a conduta de servidores do Poder Executivo. Entre as sanções estão advertências a funcionários que atualmente estão em algum cargo ou uma censura ética para quem já deixou o posto. A sanção de censura ética é aplicada em casos de infrações éticas de menor gravidade.
Mochila
Ela é registrada no histórico funcional do servidor, onde permanece por um período determinado, geralmente três anos. O objetivo principal é advertir ao servidor sobre a conduta inadequada e promover a reflexão sobre a necessidade de mudança de comportamento.
Em 2021, Bento Albuquerque comandava uma comitiva do governo federal na Arábia Saudita. Eles voltaram ao Brasil com joias dadas pelas autoridades do país. Eram dois pacotes. Um deles entrou no Brasil sem ser visto pela Receita Federal. No entanto, o outro, estava na mochila de um servidor do ministério, que foi encontrado pela receita, e ficou retido.
À época, o então ministro informou aos agentes da Receita Federal que as joias eram da primeira-dama, Michelle Bolsonaro.