Silva ressaltou que os mais pobres e os idosos são os que mais sofrem com o fechamento das agências. Os primeiros, porque às vezes falta dinheiro para pagar a internet do celular, ou não têm um aparelho compatível com o aplicativo do banco. Já os aposentados, seja pela dificuldade com a tecnologia ou por hábito, querem acompanhar de perto, nas agências, a sua vida financeira.
Por Redação, com RBA - de São Paulo
Itaú Unibanco, Bradesco e Santander, os três maiores bancos privados do país, lucraram R$ 18,1 bilhões no primeiro trimestre de 2022. Somados aos R$ 6,6 bilhões do Banco do Brasil – que é público, mas de capital aberto –, vai a R$ 24,7 bilhões o lucro dos principais bancos do país no período. No entanto, as quatro instituições financeiras, juntas, fecharam 1.007 agências entre março de 2021 e março deste ano. Os bancos apostam no atendimento virtual, principalmente pelo celular. Mas o resultado é a piora do atendimento aos clientes nas agências.
— Durante a pandemia, foram 353 agências. São muitas agências fechadas, principalmente onde mais precisa. Ou seja, nas periferias. Hoje tem bairros de São Paulo em que as pessoas têm que andar às vezes 10 quilômetros, pegar uma condução, para achar uma agência bancária — afirmou a jornalistas a presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Ivone Silva.
Desrespeito
Silva ressaltou que os mais pobres e os idosos são os que mais sofrem com o fechamento das agências. Os primeiros, porque às vezes falta dinheiro para pagar a internet do celular, ou não têm um aparelho compatível com o aplicativo do banco. Já os aposentados, seja pela dificuldade com a tecnologia ou por hábito, querem acompanhar de perto, nas agências, a sua vida financeira.
— E muitas vezes eles chegam lá, e não tem ninguém para atendê-los. Antes não tinha mais o caixa físico. Hoje estão sumindo das agências até os caixas eletrônicos. Você chega na agência e a fila dos caixas eletrônicos é enorme. Um total desrespeito à população — concluiu.