Gleisi Hoffmann lembrou outros casos de estupro coletivo ocorrido em Bom Jesus, no Piauí, na sexta-feira
Por Redação, com Vermelho - de Brasília:
Ao abrir a sessão do Plenário do Senado desta sexta-feira, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) informou que a bancada feminina no Congresso está preparando uma nota de repúdio ao estupro coletivo de uma jovem ocorrido recentemente no Rio de Janeiro. A nota será lida nos Plenários do Senado e da Câmara dos Deputados na terça-feira.
Gleisi disse ainda que um grupo de parlamentares fará, na próxima semana, uma visita à vítima e aos familiares, além de cobrar das autoridades de segurança do estado investigação e punição dos responsáveis.
A senadora afirmou que a cultura machista e da violência que ainda permeia as relações da sociedade precisa ser enfrentada com uma discussão aprofundada.
- Isso tem muito a ver com a visão de que mulher é extensão da propriedade privada do homem ou do marido. Vamos precisar do auxilio dos homens para combatermos situações como essas. Se não tivermos reação firme, vão continuar acontecendo, inclusive com estímulo e divulgação - lamentou.
Segundo a senadora, o Brasil Já avançou muito e conseguiu tirar do ordenamento jurídico legislação que subjugava as mulheres, mas a cultura do estuproainda permeia a sociedade.
- Isso é muito grave, não dá para o Senado fechar os olhos - afirmou.
Gleisi também lembrou outros casos de estupro coletivo ocorrido em Bom Jesus, no Piauí, na sexta-feira, e o ocorrido há exatamente um ano, em Castelo, também no Piauí.
Violência
O ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, divulgou, nesta sexta-feira, nota de repúdio ao estupro de uma adolescente de 16 anos, no último fim de semana, no Morro São José Operário, em Jacarepaguá, zona oeste do Rio de Janeiro. A menina contou à polícia que foi estuprada por mais de 30 homens.
Na nota, o ministro afirma repudiar veementemente o que chamou de crime hediondo praticado contra a adolescente. O estupro, na avaliação de Moraes, representa a maior violência à dignidade da mulher e deve ser duramente reprimido.
De acordo com o ministério, foi agendada para a próxima terça-feira uma reunião com secretários de segurança de todo o país para discutir o tema violência contra a mulher. O comunicado destaca ainda que a pasta está à disposição da Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro para auxiliar nas investigações.
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